Vendas avançam acima de 18%

Fonte; Jornal do Commercio - RJ

Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram que as vendas de seguros mantiveram-se aquecidas nos três meses iniciais do ano, subindo 18,8%, para R$ 24,327 bilhões, ante os R$ 20,475 bilhões captados no primeiro trimestre de 2010. Com a ocorrência de sinistros, as seguradoras efetuaram pagamentos de R$ 6,240 bilhões de janeiro a março, alta de 8,9%. Tais desembolsos situaram-se bem abaixo da evolução do chamado prêmio ganho, que foi de 25,3%. O índice de sinistralidade (parcela das indenizações pagas sobre a receita), recuou, inclusive, sete pontos percentuais, de 52% para 45% entre os dois períodos comparados.

Apesar do aumento das vendas de veículos novos no País, o seguro de carro, incluindo a cobertura de responsabilidade civil facultativa, cresceu pífio 1,6% no primeiro trimestre do ano, ao faturar R$ 4,486 bilhões, o que indica queda de preços do produto no período. Ainda na linha automotiva, o seguro obrigatório de danos pessoais (Dpvat) subiu 11,5%, atingindo R$ 1,125 bilhão, e o de extensão da garantia de fábrica 19%, para R$ 11,6 milhões.

No conjunto dos seguros de pessoas, o faturamento chegou a R$ 4,675 bilhões de janeiro a março, expansão de 26% sobre igual período de 2010. A carteira de seguro de vida em grupo, com prêmios de R$ 2,065 bilhões, aumentou 9,4% e a de acidentes pessoais coletivos, 54,2%, alcançando R$ 920,7 milhões. Não menos expressivo foi o crescimento de 32,7%, para R$ 1,028 bilhão, do seguro prestamista, que quita saldo devedor de empréstimo contraído pelo segurado em caso de morte ou invalidez ou paga algumas prestações em caso de desemprego.

Os números da Susep, que não inclui o ramo saúde, indicam ainda que os planos de vida geradores de benefício livre (VGBL), por sua vez, captaram R$ 9,536 bilhões, 39,2% do faturamento total do setor no primeiro trimestre do ano. Sobre igual período de 2010, o produto cresceu 20,9%.

PATRIMÔNIO. Outro bom desempenho foi observado no grupamento de seguros patrimoniais, cujas vendas chegaram a R$ 2,264 bilhões, alta de 22,5% nos três meses iniciais do ano. Nesta área, o destaque foi o seguro de riscos de engenharia, que subiu nada menos que 152,9%, com receita de R$ 267,1 milhões. A cobertura de garantia estendida de aparelhos domésticos e eletroeletrônicos também registrou crescimento significativo, de 67,3%, com prêmios de R$ 586,9 milhões.

Os pacotes de garantais voltados para residências, por sua vez, faturaram R$ 332,2 milhões, expansão de 14,7%.

Nos seguros de riscos financeiros, a receita foi a R$ 172,6 milhões e as seguradoras conseguiram crescer 12,6% no primeiro trimestre. O desempenho do segmento de proteção ao transportes de cargas não foi muito diferente. O aumento das vendas foi 16%. A receita foi a R$ 514,3 milhões, com o seguro de importação e exportação caindo 4,5% e o de transporte nacional subindo 15,4%. No mesmo patamar de crescimento ficaram ainda os seguros agrícolas, que faturaram R$ 132,4 milhões, alta de 11,8% sobre o primeiro trimestre do ano passado.