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PR: Assembleia diz que teve 48 veículos roubados em nove anos

Fonte: Bem Paraná

Segundo a direção da Casa, administrações anteriores não deram baixa após registrar roubos e receber seguro

Abib Miguel: ex-diretor alega que roubo foram em 23 anos (foto: Reprodução) Levantamento divulgado ontem pela Mesa Executiva da Assembleia Legislativa aponta que a Casa teve 48 veículos roubados em um período de nove anos, entre 1994 e 2003. E segundo a administração do Legislativo, apesar de ter recebido o seguro por conta dos roubos, as gestões anteriores não deram baixa dos mesmos junto ao patrimônio da Casa. Verificou-se que seis veículos encontram-se ativos e estão sendo recuperados. Um deles, porém, embora registrado como ativo, ainda não foi localizado.

O responsável pelo levantamento é o segundo-secretário da Assembleia, deputado Reni Pereira (PSB), que trabalhou para identificar e relacionar a frota de veículos do Legislativo, passados oito anos desde a última ocorrência de furtos e roubos de automóveis da Casa. As informações foram solicitadas inicialmente à Secretaria de Estado da Fazenda e à Receita Estadual. O objetivo era mapear quantos e quais carros estavam registrados em nome do Legislativo. Em seguida, verificar no Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) os extratos das condições dos carros para registrar o fato na Secretaria de Estado da Segurança Pública e a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, para obter informações sobre os boletins de ocorrências e o andamento dos inquéritos policiais.

O balanço aponta que a verificação permanente do patrimônio praticamente foi ignorada em outras gestões. A Comissão de Patrimônio da Casa, responsável por inventariar os bens móveis e imóveis da Assembleia, elaborou então um relatório preliminar acerca da situação dos carros, entregue na terça-feira ao presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB).

Segundo Rossoni, embora os carros tenham sido furtados ou roubados há mais de uma década, houve desatenção das administrações anteriores ao não darem baixa dos veículos no setor de patrimônio da Casa. O presidente afirmou ainda que a perda dos carros não representou prejuízo ao Legislativo, uma vez que eles estavam devidamente segurados. “São carros de dez, doze anos atrás. Foi verificado na polícia e apurou-se que foram feitos, à época, os boletins de ocorrência referentes aos furtos e roubos, dando-se finalmente agora – e somente agora – a baixa deles nos registros patrimoniais competentes. A situação dos carros está agora regularizada”, alegou. “Não houve, frise-se, nenhum prejuízo para a Assembleia, já que todos os carros tinham seguro. Foi apenas uma falha de quem na época estava administrando a Casa e não deu baixa dos carros”, disse o presidente.

À serviço — Em entrevista à rádio CBN, o ex-diretor-geral da Assembleia, Abib Miguel — afastado depois de acusado de comandar um esquema de contratação e desvio de salários de funcionários “fantasmas” — também se defendeu afirmando que os roubos foram notificados à polícia e à seguradora. Segundo ele, porém, os roubos aconteceram em um período de 23 anos no qual ele ocupou o cargo. Ele contestou a afirmação de Reni Pereira de que seis veículos estariam sendo recuperados. “Esses seis estão em serviço há muito tempo. Um é do presidente, outro do primeiro secretário e os outros são da administração. São carros simples, populares”, disse.

“Os 48 carros que foram furtados foram ao longo dos anos. Foram tomadas todas medidas legais, comunicada a polícia e acionadas as seguradoras. A seguradora ressarciu a Assembleia do prejuízo. Se ela não deu baixa o erro é da seguradora”, afirmou Miguel, que não soube dizer o nome da seguradora, nem o valor dos veículos roubados.



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