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Comércio Eletrônico de Seguros: Ameaça ou oportunidade?


 Por Antônio Carlos Costa - Diretor Regional da HDI Seguros

Já não há mais dúvida por parte de todos os agentes do Mercado de Seguros Brasileiro quanto aos prósperos anos que a nossa indústria terá pela frente. O ponto relevante agora é nos prepararmos para obtermos o máximo de sucesso nessa nova fase do mercado. É hora de se qualificar, transformando as ameaças em oportunidades.

Muito se tem comentado sobre as ameaças que o corretors de seguros terá que enfrentar. A internet, mais especificamente o comércio eletrônico, ainda causa arrepio para muitos corretores de seguros. E não é por acaso. Não faltam notícias sobre o crescimento desse comércio.Segundo dados do IOPE,somos 74 milhões de pessoas com mais de 16 anos acessando a internet. O e-commerce é hoje um setor em pleno crescimento no país. Pelos últimos dados divulgados esse comércio fechou 2010 com faturamento de aproximadamente R$ 14 bilhões, 40% de crescimento sobre 2009. Esse comércio foi movimentado por cerca de 23 milhões de e-consumidores. Para 2011 os especialistas falam em algo acima de R$ 20 bilhões de faturamento.

Eletrodomésticos, livros, assinaturas de revistas e jornais, produtos de saúde, beleza e medicamentos, além de informárica concentram quase 50% de tudo que foi comprado pela internat. Pesquisas mostram que mais de 90% dos internautas usam a rede para pesquisar sobre produtos ou serviços em sites de comércio eletrônico ou comparar preços. É claro que ainda existe muita desconfiança por parte do consumidor, especialmente quanto ao fornecimento dos dados do seu cartão de crédito, prazo de entrega e e/ou o efetivo fornecimento do produto/serviço.

Ainda não temos um comércio eletrônico significativo na venda de seguros, mas já há uma grande movimentação nesse sentido, com a estruturação de sites com a finalidade de fornecer cálculos, com a possinilidade integral de fechamento do negócio, ou seja, fornecendo preço, forma de pagamento e a venda propriamente dita. a pergunta que todo o corretor deve fazer é "esse novo canal vai substituir o corretor de seguros?"

A resposta definitiva é: não. Temos que ter em mente que para muitos consumidores, de um modo geral, o atendimento personalizado será uma necessidade e um privilégio. Não há dúvida de que continuarão existindo consumidores que não terão interesse, conhecimento ou tempo para estudar as várias opções de coberturas oferecidas. 

Mas o corretor de seguros não deve acreditar apenas nessas premissas. O corretor deve cada vez mais se posicionar como um consultor que analisa as reais necessidades dos seus segurados para lhes oferecer a melhor oferta de valor disponível no mercado, entedendo-se como a melhor oferta de valor aquela em que a relação custo/benefício for a mais adequada para os seus segurados. essa prestação de serviço precisa ser percebida como algo de grande utilidade e conforto, ao contrário da venda on-line, que não consegue avaliar todas as necessidades dos consumidores de seguros. É preciso mostrar aos segurados que a velha máxima "Perfeição tem preço" continua presente e pode ser decisiva na hora do sinistro.

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