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Mercado mantém previsão de bons balanços no 2°trimestre

Fonte: DCI

São Paulo - A permanência do cenário econômico mundial tem feito com que os analistas das principais corretoras de valores mantenham as mesmas projeções dos resultados financeiros das companhias listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa) vistos no primeiro trimestre de 2011.

Para José Góes, analista econômico da WinTrade, home broker da Alpes Corretora, tudo deve permanecer como foi no primeiro trimestre do ano. "Vale e Petrobras devem vir bem, assim como os bancos e o setor de varejo. Por outro lado, as siderúrgicas devem permanecer com fraco desempenho", explica o analista.

"Devemos ter uma reprise do que foi o primeiro trimestre. As construtoras devem continuar no 'mais ou menos'", acrescenta Góes, dizendo que ainda é cedo, mas que uma mudança significativa deva ocorrer no terceiro trimestre. "Ainda é cedo, não posso me adiantar muito, mas acho que só no terceiro trimestre podemos ter alguma mudança", afirma.

O setor mais claro para previsões é o siderúrgico. Cristiane Viana, analista do setor na Ágora Corretora, explica que uma adoção de medidas ocorrida no primeiro trimestre vem prejudicando o setor, com forte retração dos preços do aço. "Esperamos uma recuperação no preço para o médio prazo. Já para os resultados em Bolsa de Valores estamos com maior otimismo para o encerramento do ano", destaca Viana.

Em recente entrevista do economista-chefe da Souza Barros Corretora, Clodoir Vieira, o especialista citou os bancos como grande potencial de resultado financeiro. "Mesmo com as medidas para reduzir o crédito, os banco sempre conseguem outras formas de crescimento de receita. Acho que os bancos devem vir com bons resultados", acredita.

O analista da WinTrade, destacou também o setor de varejo, que vem apresentando forte crescimento nas vendas, mesmo com a elevação da taxa de juros. "Apesar a estagnação da economia, creio que o varejo deva apresentar um bom resultado porque as vendas continuam aquecidas", diz.

Novas ofertas

O bom desempenho tem sido refletido nas novas companhias que estão realizando sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Na última segunda-feira foi a vez da Brazil Pharma, que iniciou a negociação de seus papéis sob o código BPHA3.

A companhia fez uma oferta para investidores institucionais. "A Brazil Pharma fez recentemente a aquisição de três grandes farmácias, mas manteve o controle com os donos. A oferta deve ser para realizar a incorporação de todas as empresas", explica Ricardo Almeida, professor de Finanças do Insper.

Para o diretor presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, esta oferta representa o fortalecimento de um setor que muito tem contribuído para o bom desempenho dos indicadores econômicos brasileiros: o varejo. "Este foi o oitavo IPO do ano e precede uma fila de outras novas empresas que se preparam para estrear na Bolsa em breve", afirmou o executivo. Segundo Edemir, nesses tempos de incertezas na economia mundial, a iniciativa da Brazil Pharma é vista como um "voto de confiança num País cuja maturidade e regulação de seus mercados tem se mostrado resiliente às últimas crises".

Hoje, será realizado o início da negociação das ações do grupo de planos de saúde coletivos Qualicorp. A empresa é controlada pela gestora de fundos de private equityCarlyle e a oferta é coordenada por Bank of America Merrill Lynch, Credit Suisse, Goldman Sachs e Bradesco BBI, além de BB Investimentos e Barclays Capital.

A companhia vai captar até R$ 1,085 bilhão em sua oferta pública. O preço por ação foi definido em R$ 13, abaixo da faixa indicativa - que variava entre R$ 16,00 e R$ 19,00, conforme o registro da operação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) feito na última segunda-feira. Pelos números registrados na CVM, a companhia vendeu o lote principal, composto por 27.219.429 ações na oferta primária e 45.365.714 ações na oferta secundária. Também foi registrado o lote suplementar, que se não for exercido em até 30 dias, reduz a oferta em R$ 141,535 milhões. O presidente da BM&F Bovespa vem afirmando que o setor de varejo será a mola propulsora da economia.

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