Breaking News

Confira a previsão para o consumidor dos próximos 10 anos

Por Carlos Dohler

Estou longe de ser vidente, mas tenho levado muita fé em alguns de meus mais recentes presságios. Esqueça tudo o que você pensava saber sobre o consumidor brasileiro. Ele realmente está irreconhecível, e acho bom as empresas tratarem de correr atrás do prejuízo, ou muito em breve não vão conseguir vender um único fio de linha que satisfaça as exigências cada vez mais apuradas desse comprador. Ele agora dá as cartas e sabe bem disso.

A mudança está só começando. É como se o consumidor estivesse ainda em fase de testes. Atordoa um pouco descobrir-se, de repente, com esse poder. Cortejada por todos, a nova classe média não se satisfez em trazer novas peças para o jogo. Trocou as regras. Não compra só por preço, quer agregar valor, fazer parte de algo maior – coisas que nunca lhe passaram pela cabeça ser capaz!

Vejamos um exemplo: a Eletrolux está montando uma unidade em Curitiba. Vai produzir ferros de passar roupa. Ué, mas e os imbatíveis produtos chineses? Pois é, como eu disse, preço será um componente sempre bem-vindo, mas sozinho já não está com essa bola toda. As pessoas começam a perceber que comprar de empresas que investem em responsabilidade social e ambiental faz a diferença e as fazem sentir diferentes. Elas se dão conta aos poucos de que, dando preferência à indústria nacional, além de garantir qualidade e um pós-venda mais eficiente, passam a integrar uma corrente que gera emprego, gira a economia e ajuda o país a ficar melhor.

O foco da empresa do futuro, portanto, é oferecer produtos e serviços que tenham valores emocional, social, de experiência e financeiro. Quanto mais maduro o consumidor, mais questão ele fará de que esses quatro parâmetros estejam envolvidos no ato da compra.

Para ler, guardar e conferir em 2025.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario