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Linha ocupada na Porto Seguro

Fonte: Isto É Dinheiro

A seguradora Porto Seguro, que se associou ao Itaú em 2009, está investindo em novas maneiras de garantir a fidelidade do cliente, e uma das armas é a oferta de serviços de telefonia celular. Segundo Marcelo Picanço, diretor financeiro da seguradora, é necessário inovar para enfrentar a concorrência. Ele conversou com a DINHEIRO:

Marcelo Picanço, diretor financeiro: sem medo de cobrar mais caro

Por que lançar um serviço de telefonia celular?
O mercado segurador está mais sofisticado e a concorrência vem crescendo. Estamos bem posicionados para manter a liderança em seguros de automóveis e crescer no ramo de seguros residenciais e outros. Nossa estratégia é buscar inovação em um setor que nem sempre inova. Fomos uma das primeiras empresas a emitir cartões de crédito e somos pioneiros em lançar uma operadora de celular virtual. Não são apenas produtos novos, mas instrumentos para aumentar a fidelidade do cliente.

As operadoras de telefonia são líderes em reclamações dos consumidores. A Porto não teme que sua imagem seja comprometida?
Existe esse risco, mas nós estamos preparados. A área de telefonia tem muitos desafios, pois o uso é intenso e a probabilidade de haver problemas é elevada. Tivemos problemas quando lançamos o cartão de crédito, mas conseguimos superá-los. Os primeiros meses devem ser de ajuste.

A empresa investe na diferenciação. Isso quer dizer que vocês não vão brigar pela classe C?
Nossa proposta não é segmentada por classes e não atuamos pensando apenas no preço. No longo prazo, o atendimento de qualidade superior, ainda que mais caro, é mais lucrativo. Arcar com custos mais elevados aumenta a receita, eleva o grau de retenção de clientes e permite uma estratégia de preço diferenciada.

Mesmo que o brasileiro esteja mais endividado e tenha de cortar gastos?
O mercado de seguros não é tão afetado como o mercado bancário, que sofre diretamente. A venda de automóveis novos deverá continuar crescendo, mesmo que em um ritmo mais lento. Mesmo assim, a maior parte da nossa carteira são apólices vendidas para automóveis que já circulam, e não para carros novos, por isso, essa mudança de cenário não nos afeta.

Quais as expectativas para 2011?
Não fazemos projeções, mas queremos manter um crescimento nas principais linhas de produto. Ainda precisaremos investir bastante na integração com o Itaú Unibanco. Não esperamos nenhum grande salto imediato, mas é um processo de médio e longo prazo. A progressão será suave.

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