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Previdência Privada: Captação líquida dos fundos do setor avança 44%

Fonte: Valor Econômico

Com o aumento da renda, os brasileiros passaram a se preocupar mais com a aposentadoria e poupar mais. A captação líquida dos fundos de previdência privada aberta cresceu 43,7% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010, atingindo R$ 12 bilhões. Os dados são da pesquisa realizada pela consultoria NetQuant, que abrange planos PGBLs (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBLs (Vida Gerador de Benefício Livre).

O patrimônio líquido desses fundos aumentou 27% no período. O crescimento dos aportes tem sido motivado pela entrada de investidores cada mais jovens nos fundos de previdência e pelo aumento do emprego, que elevou o ingresso em planos de previdência complementar oferecidos pelas empresas, destaca Marco Antonio Rossi, presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

Além disso, tem crescido o número de participantes com idade acima de 50 anos ingressando em fundos de previdência. As pessoas estão se aposentando cada vez mais tarde e resgatam apenas parte de suas reservas, deixando o restante aplicado com o objetivo de receber uma renda vitalícia, diz Rossi.

A idade média dos participantes dos fundos de previdência tem caído nos últimos anos, passando de 37 anos para 34 anos.

O lançamento de produtos como o ciclo de vida da Brasilprev Seguros e Previdência, que busca ajustar a carteira de acordo com o objetivo e idade de cada investidor, tem contribuído para aumentar a participação de jovens nos planos de previdência da seguradora, que já respondem por cerca de 25% da base de clientes. Os fundos de previdência hoje não são utilizados apenas para aposentadoria. Muitos utilizam esse produto como uma alternativa de aplicação de recursos para um projeto específico, como a abertura do próprio negócio, afirma André Camargo, superintendente de gestão estratégica da Brasilprev.

Isso porque nos PGBLs, por exemplo, as contribuições podem ser abatidas do Imposto de renda até o limite de 12% da renda bruta anual, diminuindo a base tributável. Mas isso só vale para quem faz a declaração completa e contribui para o INSS. No resgate, o investidor paga imposto sobre o total acumulado e não apenas sobre o rendimento, como no VGBL.

A participação de investidores mais jovens, com idade inferior a 30 anos, também tem aumentado na Itaú Unibanco Vida e Previdência e já representa 30% do número de planos da seguradora. Houve um crescimento principalmente com o aumento da renda nas classes C e D, que passaram a ter maior capacidade de poupar, destaca Osvaldo Nascimento, diretor executivo de previdência do Itaú Unibanco.

A seguradora também registrou recorde de captação para o período, com crescimento de 70%, que somou R$ 2,82 bilhões.

Segundo Nascimento, a maior parte dos investidores se concentrada na faixa etária entre 30 e 40 anos, mas cada vez mais pessoas com idade acima de 55 anos têm procurado esses produtos como forma de planejamento sucessório. O público com idade entre 50 a 65 anos já representa 15% dos novos aplicadores do Itaú. (

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