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Classe C impulsiona arrecadação da previdência

Fonte: Diário do Grande ABC Online

O aquecimento da economia nos últimos meses tem contribuído para o aumento da renda do brasileiro e o consequente crescimento de seu poder de compra. Aliado a isso, a estabilidade no emprego eleva a confiança para a realização de investimentos a longo prazo. Nesse cenário, principalmente o público da classe C (renda média de R$ 2.036,43) tem destaque, pois ganha condições de pensar em complementar sua aposentadoria ou em investir para pagar os estudos de seus filhos. No primeiro semestre a arrecadação dos planos, segundo a Fenaprevi, cresceu 25,6%, para R$ 24,9 bilhões.

O valor dos aportes também atrai, pois em algumas empresas, como a Brasilprev, o plano para menores está disponível a partir de R$ 25 mensais e, o individual, de R$ 50. "Pensamos em valores acessíveis, principalmente no caso do plano júnior, pois existe uma expectativa sobre a formação dos filhos, e de que uma reserva de dinheiro pode mudar a capacidade dessa criança que pode ter mais competitividade no futuro com o pagamento de um curso de inglês, por exemplo", explica o superintendente de produtos João Batista Mendes Angelo. "O baixo valor também permite a quem tem mais de um filho investir a mesma quantia para todos", complementa o superintendente de planejamento Nelson Katz.

A acessibilidade à previdência privada trouxe, por outro lado, diminuição do valor da contribuição média de ingresso nos planos. "Desde 2009, o valor do ticket médio no VGBL (indicado para autônomos, que não declaram Imposto de Renda) teve recuo de 14,7%", diz o diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira. "Ao mesmo tempo, participantes com mais recursos vêm aumentando suas contribuições."

Para o professor de economia do Ibmec-MG, Felipe Leroy, outro item que estimulou maior procura foi a mudança na legislação do INSS. "Com a entrada em vigor do fator previdenciário, há três anos, em que não basta mais ter só tempo de contribuição ou idade para se aposentar integralmente, e é preciso trabalhar por cerca de dez anos a mais, o pensamento mudou."

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