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RSA quer 20% do mercado de energia renovável

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

A RSA Seguros pretende conquistar pelo menos 20% do mercado de seguros para energia renovável até 2013. A companhia estima que se trata de setor que movimentará R$ 200 milhões em 2013 na cadeia em que a seguradora atua. A meta foi apresentada pelo diretor comercial da empresa no Brasil, Ariel Couto. "Queremos criar uma identidade no mercado como seguradora de projetos de energia renovável", disse o executivo.

A seguradora fechou o primeiro semestre deste ano com cerca de R$ 8 milhões em prêmios contratados no Brasil na área de energia renovável, contra R$ 10 milhões acumulados em todo o ano passado.

Couto afirma que projetavase fechar o ano com R$ 16 milhões, mas que a estimativa terá que ser revista. "Devemos fechar com algo próximo de R$ 20 milhões, o segundo semestre será mais forte." Segundo ele, a estratégia da companhia é seguir buscando nichos para crescer.

Para alcançar a meta de dobrar os R$ 20 milhões até 2013, a RSA aposta no treinamento da equipe de vendas.

Executivos foram enviados para a Dinamarca e para Londres, polos de excelência da seguradora para o setor de energia renovável. "Mandamos quatro dos nossos especialistas para estudar nossas operações em Londres e na Dinamarca. Chamamos, também, executivos do exterior para dar aulas aqui", detalha Couto. A companhia tem ainda contratado funcionários de empresas energéticas para atuarem no setor de seguros. "Eles entendem o sistema, e contam com bom trânsito no setor, por já terem feito parte dele." EÓLICA. Couto afirma que o grande interesse é por contratos de energia eólica. "Temos mais apetite por eólica, é um risco que conhecemos há muito tempo. As hidrelétricas têm mais elementos de risco do ponto de vista ambiental." No setor de energia hidrelétrica, a RSA pretende buscar apenas contratos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), aquelas com capacidade de geração de até 30 megawatts\/hora (MW\/h), ou pequenas usinas, com capacidade de até 50 MW\/h.

No caso de energia solar, Couto aponta que o mercado ainda está muito incipiente e não deve se desenvolver em grande escala. "Vejo a energia solar como solução para alguns pontos isolados, mas desconectado ao sistema interligado." Ele aponta ainda que no momento existe apenas um projeto de vulto em torno desta fonte de energia.

Segundo Couto, a entrada de multinacionais para fabricação de equipamentos para eólicas e projetos de energia renovável criará oportunidades de negócios. "Esta oportunidade seria a obtenção dos contratos das empresas em si, como o seguro de seus parques industriais, de suas frotas de veículos e da saúde dos funcionários." O executivo ressalva que não se trata do principal objetivo da RSA.

De acordo com ele, os contratos de energia destas companhias têm valor muito superior ao de suas outras atividades.

A RSA também pretende oferecer seguro para o mercado de carbono. Couto afirma que já está em andamento a proposta do governo de criar no Rio de Janeiro uma bolsa para compra e venda de créditos de carbono. O produto oferecido pela seguradora cobriria perdas de créditos de carbono contratados por empresas, mas que, por alguma razão, não serão entregues.

Por enquanto, a seguradora tem apenas um cliente neste setor. Couto afirma que ainda existe desconhecimento a respeito do produto, o que dificulta as vendas.

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