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Microsseguros na mira da Bradesco

Empenho da Susep em proporcionar a simplificação na contratação de seguro

"Seguro de baixo prêmio não é apenas seguro para baixa renda". A afirmação é do o presidente da Comissão de Microsseguros e Seguros Populares da Confederação Nacional de Seguros (CNSeg) e diretor da Bradesco Vida e Previdência, Eugênio Liberatori Velasques, ao defender, durante palestra realizada para associados e convidados do CVG-RJ, nesta quinta-feira, que a regulamentação do microsseguro pode englobar também outros tipos de seguros, que têm como característica o baixo valor do prêmio, sem necessariamente ser destinado às camadas mais pobres da população.

Segundo ele, não deverá ser estabelecido um teto para o custo do seguro. "A própria Organização Internacional do Trabalho sugere que nesse tipo de seguro sejam adotados preços suportáveis", explicou Velasques, que integra a comissão mista criada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para elaborar uma minuta de norma visando à regulamentação do microsseguro.

Susep

"O principal gargalo do setor as vezes está na cabeça das pessoas. A indústria seguradora precisa mudar muito o seu posicionamento", Velasques, para quem o novo superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna, está empenhado em fazer o marco regulatório dos microsseguros e os seguros populares. Na sua opinião, com essas iniciativas, será possível "desemperrar" a parte burocrática, além de proporcionar a simplificação na contratação de seguro.

"A Susep está fazendo um trabalho excepcional para 2012 e nós vemos ter esse gargalo da desburocratização resolvido", disse, acrescentando que o outro gargalo são os avanços tecnológicos que, segundo ele, é outro paradigma que precisa ser superado.

"É preciso proporcionar acessibilidade ao público, inclusive o acesso a telefonia celular, ATMS com programas de pagamento para seguro nos cartões de crédito, de débito". Velasques disse ainda que o crescimento da economia acaba revertendo no mercado securitário, vida e previdência.

Proteger patrimônio

Com o aumento de renda das pessoas, segundo ele, é preciso proteger o patrimônio. "Como a economia vem crescendo, vem disponibilizando dinheiro não só para a compra de serviços e o seguro e a previdência tem sentido esses reflexo", disse, adiantando que a Bradesco Vida e Previdência espera aumentar em 25%, não só a parte de previdência, como também em vida. "Este crescimento de 25 a 30% ao ano mostra que realmente a economia tem refletido positivamente no mundo securitário".

Ele revelou que essa comissão já concluiu a missão. A expectativa, agora, é a de que a matéria seja encaminhada para votação no CNSP ainda este ano. "A comissão foi criada dia 22 de setembro e entregou a minuta pronta no dia 10 de outubro. Foram necessárias apenas quatro reuniões", observou. A partir dessa regulamentação será possível utilizar uma linguagem bem mais simples e novas tecnologias para facilitar a logística na distribuição dos produtos.

Correspondentes

Velasques afirmou que, no primeiro momento, o microsseguro deverá ser comercializado por correspondentes de seguros e, logo depois, por corretores formados para atuar especificamente nesse segmento. "Já temos 100 mil correspondentes bancárias no país. Acredito que, com a formação dos corretores de microsseguros, poderemos ter até 700 mil pessoas trabalhando nesse nicho", frisou.

Tendo por base constantes pesquisas sócio-econômicas, o diretor da Bradesco Vida e Previdência acredita que o microsseguros poderá inserir no mercado brasileiro algo em torno de 100 milhões de consumidores nos próximos anos.

Investimentos

No que diz respeito a investimentos, Velasques salientou que a Bradesco tem aplicado em toda a sua cadeia produtiva e a toda pirâmide socioeconômica, visando a mudança de conceito da imprevisibilidade "Vai prá que".

"Esse conceito mostra que nós podemos nos acidentar, perder o emprego, perder a vida, perder o patrimônio, podemos perder, no futuro, a possibilidade de dar continuidade do poder aquisitivo. Então, o importante é investir", disse, informando que as empresas estão investindo muito não só na parte de divulgação, como também na área tecnológica como forma das empresas poderem oferecer serviços cada vez mais rápido, com a comodidade para os segurados.

Classe C

No que se refere ao crescimento da classe C no mercado segurador, Velasques frisou que este segmento vem se expandindo. No entanto, considera esse aumento ainda pequeno, uma vez que os desembolsos próprios não chegam a 10%.

"A classe C dobrou sua participação nos últimos três anos de pessoas que pagavam seguros do próprio bolso; não aqueles benefícios dados pelas empresas, eram muito pequenos. Não chegavam a 4%. Hoje, já está em 9%e vamos fechar o ano com participação de 10%. Isso é muito importante. As classes A e B têm participação de 42% de penetração de seguros pagos com o próprio bolso", disse, ressaltando que a praça do Rio é a segunda para a seguradora, com cerca de 20%. A primeira é São Paulo, com 30%.

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