Seguradoras poderão aplicar até 80% de reserva em letras financeiras
Fonte: Valor Online
Seguradoras, entidades de capitalização, de previdência complementar aberta e resseguradoras poderão, a partir de amanhã, aplicar até 80% de suas reservas técnicas em letras financeiras.
A autorização, feita nesta quinta-feira pelo Conselho Monetário Internacional (CMN), visa atuar em duas pontas: ampliar as possibilidades de investimentos dessas instituições e fomentar um mercado de crédito de longo prazo no país.
Essas instituições têm hoje cerca de R$ 300 bilhões referentes a reservas técnicas (algo como o capital mínimo exigido dos bancos), mas aplicam, em conjunto, aproximadamente R$ 26 bilhões. Esses recursos, segundo Dyogo Oliveira, secretário executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, estão aplicados majoritariamente em CDBs oferecidos pelos bancos.
"As letras financeiras vão disputar este universo de R$ 26 bilhões", afirmou Oliveira, há pouco, após a divulgação dos votos do CMN, na sede do Ministério da Fazenda. Criadas no fim de 2009 e oferecidas no mercado brasileiro desde janeiro de 2010, as letras financeiras são títulos cujo prazo mínimo é de dois anos. De lá para cá foram emitidos pouco mais de R$ 120 bilhões em letras financeiras.
"Trata-se de um título de prazo mais longo que aquele que é comercializado no mercado brasileiro, e tem sido exitoso em cumprir seu papel, que é o de alongar os prazos de funding no Brasil", afirmou Oliveira.
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