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Alemanha: seguradoras devem informar investimento em bancos

Fonte: Terra

O órgão regulador alemão Bafin divulgou que solicitou às seguradoras informações sobre os níveis de seus investimentos em bancos e em títulos emitidos por bancos até o começo de novembro, acrescentando que esse tipo de pesquisa é conduzido em uma base regular.

O diário alemão Financial Times Deutschland havia citado, mais cedo, fontes no setor dos seguros dizendo que o Bafin pediu os dados devido aos receios de contágio da crise financeira.

A ameaça de um default da dívida grega elevou a perspectiva de uma nova crise bancária, e as ações de bancos europeus caíram em cerca de um terço desde julho.

O Bafin informou que a pesquisa é comum, tendo a última sido completada há meio ano atrás, e acrescentou que não tinha planos de pedir às seguradoras que reduzam os investimentos em bancos como resultado.
"Nós não nos intrometemos nas políticas das empresas de investimento", disse um porta-voz do Bafin. "Não há base legal para fazê-lo."

Entenda
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.

A primeira a entrar em colapso foi a Grécia, cuja dívida pública alcançou 340,227 bilhões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do PIB. Com a luz amarela acesa, as economias de outros países da região foram inspecionadas mais rigorosamente. Portugal e Irlanda chamaram atenção por conta da fragilidade econômica. No entanto, o fraco crescimento econômico e o aumento da dívida pública na região já atingem grandes economias, como Itália (120% do PIB) e Espanha.

Um fundo de ajuda foi criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE), com influência da Alemanha, país da região com maior solidez econômica. Contudo, para ter acesso aos pacotes de resgates, as nações precisam se adaptar a rígidas condições impostas pelo FMI. A Grécia foi a primeira a aceitar e viu manifestações contra os cortes de empregos públicos, programas sociais e aumentos de impostos.

Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência Standard & Poor's retirou a nota máxima (AAA) da dívida americana.

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