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Fatia no PIB pode ir a 7,5% com microsseguro

Fonte; Jornal do Commercio - RJ

Susep cria grupo de trabalho para propor legislação diferenciada pra o produto, deixando de lado a questão do incentivo tributário

O microsseguro é peça fundamental para elevar a participação da atividade de seguros no Produto Interno Bruto (PIB), dos atuais 3,5% para 7,5% até 2017, segundo avaliação do presidente da Comissão de Microsseguros e Seguros Populares da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Eugênio Velasques, que integra a comissão mista criada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) sobre microsseguros, encarregada de propor um regulamento para o produto.

Ao participar de recente debate sobre microsseguro no Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), Eugênio Velasques disse que o produto poderá inserir no mercado brasileiro algo em torno de 100 milhões de consumidores nos próximos 20 anos. "Contudo, o mercado precisa ter agilidade e criatividade no atendimento, além de oferecer produtos adequados aos novos consumidores", alertou. Para ele, é necessário quebrar paradigmas, mudar práticas, conceitos e até mesmo a forma de comunicação com esse público.

Antes, porém, é preciso regulamentar o produto. E a Susep pretende ter pronta ainda este mês uma minuta de resolução sobre microsseguros para submeter ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). Entre as novidades já antecipadas pelo superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna, consta a criação da figura do corretor especializado em microsseguros, cuja formação será bem mais simplificada do que o modelo adotado atualmente. Ele espera que o mercado inicie as vendas dos primeiros produtos na primeira metade de 2012.

A expectativa do mercado é a de que a resolução seja abrangente, tratando de diversos pontos, menos sobre renúncia fiscal, o que só pode ser deliberado pelo Congresso Nacional.

Ao criar a comissão, a Susep nomeou cinco membros e o setor privado, outros quatro, indicados pelas federações representativas das seguradoras. Segundo Eugênio Velasques, que também é diretor-executivo da Bradesco Vida e Previdência, o aumento de renda da população permitiu a milhões de famílias subirem um degrau na escala social. "As pessoas que ascenderam socialmente têm necessidades específicas de proteção.

Por isso, precisamos desenvolver novas coberturas e diversificar os canais de distribuição para que nossos produtos cheguem onde esse público está", comentou.

PIONEIRISMO. Presente ao debate promovido pelo clube mineiro de seguros de pessoas, o empresário Alaor da Silva Júnior apresentou o case do Plano de Amparo Social Imediato (Pasi), projeto que se tornou referência em seguro popular no Brasil há 23 anos. "O desafio era criar um seguro de vida e acidentes em grupo simplificado, eficaz e de baixo preço, mas que pudesse oferecer formas de proteção que atendessem as necessidades dos trabalhadores e de suas famílias", disse.

Para viabilizar o projeto, o executivo explicou que fez parceria com entidades de classe.

Dessa forma, segundo ele, o Pasi passou a integrar as convenções coletivas de trabalhadores de vários segmentos da economia. Atualmente, o plano contabiliza mais de 2 milhões de segurados e valores de indenizações que ultrapassam R$ 75 milhões.

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