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Jogos Olímpicos de 2016 movimentam o setor de seguros

Fonte: Funenseg - Seguro Em Pauta

Os Jogos Olímpicos de 2016 poderão estimular investimentos na economia brasileira, especialmente no Rio de Janeiro, da ordem de R$ 90 bilhões, segundo o Comitê Olímpico Brasileiro. O secretário municipal de Conservação, Carlos Roberto Osório, afirmou, durante o I Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro, que o evento esportivo irá demandar a contratação de múltiplos seguros, por isso o diálogo entre os setores envolvidos é fundamental desde já.

Osório, que participou da coordenação do Comitê Rio 2016, destacou que, para eleger a cidade, foi preciso convencer os organizadores de que o Rio de Janeiro tinha um projeto sólido, com garantias técnicas e financeiras para sua execução. Segundo ele, a visão da prefeitura é de que os Jogos Olímpicos devem servir a longo prazo para a cidade e, para isso, foram eleitas quatro áreas prioritárias de atuação: transporte, meio ambiente, infraestrutura urbana e desenvolvimento social.

“De 2011 a 2016 teremos um calendário de eventos que vai além das Olimpíadas e que trará oportunidades extraordinárias para nós. Hoje, o Rio apresenta um ambiente diferente de negócios, o que implica em uma maior atração de investimentos. Nestas ocasiões, teremos múltiplos seguros contratados, alguns de maior complexidade, que ainda não são usuais no Brasil”, acrescentou.

Antenor Ambrósio, da Miller do Brasil, ressaltou que todas as obras que serão executadas ao longo dos próximos anos vão necessitar de suporte e proteção. De acordo com ele, devido ao valor dos negócios, não será possível executá-las sem a garantia do resseguro. “O corretor de resseguro tem um papel fundamental para auxiliar essa estruturação. Ele não é apenas um ‘passador de papel’. Sua função é indicar proteções e trazer soluções”, apontou.

Duncan Fraser, da JLT Re, também participou do encontro e apresentou algumas das lições aprendidas pela indústria de resseguros na organização das Olimpíadas de Londres 2012. Não subestimar a grandiosidade do evento, se preparar para o inesperado, não esquecer o meio ambiente, rever contratos e a importância do legado foram alguns dos pontos citados por ele.

Para o especialista, uma das coberturas operacionais mais importantes é o seguro de responsabilidade geral, que deve ser redigido com muito cuidado. Ele explicou que a apólice deve ser bem abrangente, levando em conta também os organizadores. “É importante ter cobertura para diretores, autoridades e também para organizadores e participantes. A apólice de responsabilidade deve incluir ainda as possíveis catástrofes. Esta lição foi aprendida após o atentado nas Olimpíadas de Munique, em 1972”, disse.

Fraser contou que alguns locais de competições em Londres, como os estádios de remo e de ciclismo, estão sendo testados atualmente. Segundo ele, estes testes são essenciais para a avaliação dos riscos. “É possível se preparar para eventuais riscos realizando modulagem de cenários, como ameaças terroristas, por exemplo. Também é importante ter um programa de gerenciamento de riscos que inclui plano de contingência e estratégia de perdas adaptada à realidade do evento”, completou.

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