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Produtos atrelados ao consumo ainda em alta

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

As vendas de proteção financeira, atrelada às compras a prazo, subiram 49% em julho e a de garantia estendida de eletroeletrônicos, 19,5%

O mercado de seguros dá sinais de que as vendas de bens e serviços não arrefeceram no começo do segundo semestre.

Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram, por exemplo, forte crescimento do seguro prestamista, que quita saldo devedor de financiamento ao consumo, em caso de morte ou invalidez (total e permanente por acidente) do tomador, como também por desemprego.

Chamado de proteção financeira, o produto cresceu 49% em julho, quando o faturamento bateu em R$ 382,2 milhões, contra R$ 256,4 milhões em igual mês de 2010. No ano, a receita da carteira foi a R$ 2,547 bilhões, alta de 39,5%.

Outro seguro, que da mesma forma aponta o consumo das pessoas aquecido em julho, é o de garantia estendida de aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos. No mês as vendas do produto subiram 19,6%, aos R$ 181,5 milhões, elevando o faturamento do ramo no ano para R$ 1,322 bilhão, avanço de 41% sobre janeiro a julho do ano passado.

RITMO MENOR. Os números da Susep indicam, contudo, que o brasileiro viajou menos nas férias de julho último, frente à movimentação do turismo observada em igual mês de 2010, considerando que o chamado seguro viagem encolheu entre os períodos comparados 29,2%, com os prêmios recuando para R$ 4,9 milhões. Ainda assim, o produto acumula expansão de 25,9% no ano, com receita de R$ 25,8 milhões. O avanço do seguro viagem tende a diminuir o ritmo em virtudes das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo para conter da desvalorização do dólar frente ao real.

MERCADO NACIONAL. O mercado de seguros em geral, segundo os dados da Susep, que não inclui o ramo saúde, manteve crescimento de dois dígitos em julho, cravando 14,4%, ao atingir faturamento de R$ 8,097 bilhões, contra R$ 7,078 bilhões em igual mês de 2010. No acumulado até julho último, as vendas do mercado de seguros brasileiro subiram 20,6%, para R$ 58,157 bilhões.

Em sete meses, o VGBL evoluiu 28,3%, captando receita de R$ 23,402 bilhões, 40,2% do total do mercado de janeiro a julho.

Os seguros de pessoas, por sua vez, cresceram 24,1%, aos R$ 10,940 bilhões. Alta expressiva foi verificada também nos seguros do segmento patrimonial: 15,5%, aos R$ 5,145 bilhões. Já no seguro de automóvel, incluindo as coberturas de responsabilidade civil facultativa e de assistência, o incremento foi de apenas 6,9%, com receita alojada em R$ 11,686 bilhões.

O bom desempenho do setor voltou ser favorecido pela queda da taxa média de sinistralidade (despesas versus receita), de 51% para 47%, entre o acumulado até julho de 2010 e idêntico período de 2011. As indenizações pagas entre os dois períodos comparados cresceram 11,9%, para R$ 14,786 bilhões, alta situada bem abaixo da evolução da receita. As despesas comerciais, comprometidas principalmente com pagamentos de comissões de corretagem, aumentaram 21,4% em sete meses, atingindo R$ 7,148 bilhões.

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