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Um negócio seguro

Fonte: Revista Amanhã

Vender seguro de vida para funcionários públicos é a receita da Previsul para triplicar o faturamento em quatro anos

Por Marcos Graciani



Oferecer seguros de vida para funcionários públicos – eis a receita que vem catapultando os negócios da Previsul. Desde que foi adquirida pelo grupo paranaense Consulfac, em 2007, a companhia abriu mão do mercado de seguros de automóveis e residências e passou a se dedicar exclusivamente ao seguro de vida. A mudança de rota se baseou no alto potencial inexplorado desse mercado – hoje, menos de 20% da população brasileira conta com seguro de vida. Disposta a ocupar preencher essa lacuna, a Previsul agora quer comercializar planos em grandes quantidades, a partir de acordos com prefeituras e órgãos públicos. “Enquanto as seguradoras ligadas aos bancos vendem planos individuais, procuramos esse nicho por ter um volume muito grande e por ter características próprias que facilitam a negociação”, aponta Ernesto Pedroso, diretor da Previsul. Com 500 mil clientes ativos, a seguradora prevê que, em 2012, alcançará um faturamento de R$ 180 milhões – praticamente o triplo do alcançado em 2007, ano da mudança de estratégia.

A Previsul também aposta na venda de seguros de vida para funcionários de pequenas e médias empresas. Nessa modalidade, tal como na do funcionalismo público, a prática do desconto em folha faz com que os índices de inadimplência permaneçam baixos – sem contar, claro, com a estabilidade de emprego permanente no serviço público.

Hoje, diz Pedroso, grande parte do crescimento da Previsul está no nordeste do país. Embalada por programas de incentivos sociais do governo, a região enriqueceu fazendo com que parte da população tivesse acesso a produtos e serviços antes indisponíveis – caso do seguro de vida. No nordeste, onde está presente há seis meses, a Previsul escolheu o Ceará como base para atuar nos demais Estados. O que preocupa são as possíveis conseqüências da crise europeia. “O Brasil sempre foi conhecido como uma Terra do Nunca. Agora que viramos este jogo não podemos ser atropelados por uma instabilidade econômica”, sustenta Pedroso.

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