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Produtos específicos para a classe C devem chegar ao mercado em 2012

Fonte: Valor Econômico

As seguradoras não conseguem precisar qual é a fatia que os consumidores da chamada classe C representam em seus fundos de aposentadoria. Elas também não possuem produtos específicos para atender diretamente essa faixa social. O fato é que historicamente as seguradoras se dedicaram a atender o público de maior poder aquisitivo.

"Claro que não podemos ficar indiferentes a esse público. Estamos nesse momento treinando nossas equipes, montando programas de orientação financeira específicos para a classe C. Em cinco anos, essa classe tem potencial para representar 40% dos planos de poupança complementar no país", diz Osvaldo Nascimento, diretor executivo de investimentos e previdência do Itaú Unibanco.

Outras seguradoras programam o lançamento de produtos para esse segmento de mercado em 2012. "Teremos um produto com ticket de entrada e taxas de administração e carregamento menores do que são ofertados hoje", diz Carlos Alberto Gadia Barreto, diretor de vida e previdência da seguradora Zurich.Para o presidente de vida e previdência da Bradesco Seguros, Lúcio Flávio Conduru de Oliveira, é preciso não só abaixar o ticket mínimo, mas ter uma abordagem totalmente diferenciada para atingir a classe C. "Não dá para falar em prêmio, carregamento, rentabilidade, reserva, provisões. Tem que usar uma linguagem mais acessível. Estamos nos preparando para lançar um produto específico até a metade do próximo ano", afirma.

Uma das primeiras seguradoras a negociar planos com ticket de entrada em R$ 25, a BrasilPrev, sente-se preparada para chegar mais próxima das classes emergentes. "Já usamos linguagem diferenciada, temos presença nacional e praticamos valores de contribuição acessíveis a grande parte da população brasileira", diz Marco Antonio Rossi, que estima que esse segmento tem potencial para representar 45% dos investimentos em poupanças que administra.

Nem todos, porém, começaram a se preparar para esse perfil de cliente. "Estamos observando a classe C, mas ainda é pouco representativa para nós", diz Carolina de Molla, diretora de seguros e previdência da Sul América. Para Miguel Leôncio Pereira, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, é melhor ficar atento à grande força de consumo desse segmento. "Conforme aumentam a renda, é natural que as pessoas queiram melhorar as condições de vida na aposentadoria". (R.L.)

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