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Seguros representam 15% da receita do Banco do Brasil

Fonte: DCI

são Paulo - Ao fim dos primeiros nove meses deste ano, o crescimento do Banco do Brasil segue em linha com os principais concorrentes, ao atingir R$ 9,2 bilhões, alta de 18,9% na comparação com o mesmo trimestre de 2010. Até setembro, o Itaú Unibanco lucrou R$ 10,940 bilhões, acréscimo de 16%, e o Bradesco R$ 8,302 bilhões. Já o Santander foi o único grande banco de capital aberto a apresentar queda no lucro, de 11,3%, para R$ 2,690 bilhões, de acordo com o padrão contábil brasileiro BR Gaap. A estimativa de crescimento destas instituições financeiras no fim do ano, segundo a Austin Rating, é superior a 18%.

No terceiro trimestre, o resultado do BB chega a R$ 2,9 bilhões, evolução de 11,2% ante o período de abril a junho de 2011. O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) atinge 22,6% no trimestre e de 23,5% no ano. O patrimônio líquido também apresenta elevação, de 17,7% na comparação com setembro de 2010, para R$ 56,713 bilhões.

De acordo com Ivan Monteiro, vice-presidente de Gestão Financeira, mercado de capitais e relações com investidores do Banco do Brasil, o resultado foi impulsionado por: ampliação do crédito, diversificação das receitas, controle das despesas e inadimplência. "Há a tendência de diminuição dos ganhos com spread [diferença entre o custo da captação financeira e taxa de juros] e preparamos o banco para continuar lucrativo, com a diversificação de receitas para compensar a queda de rentabilidade do crédito."

A renda de prestação de serviços no terceiro trimestre soma R$ 4,7 bilhões, 14,1% superior ao verificado em igual período do último ano. As despesas operacionais evoluíram 7,8%, para R$ 17,8 bilhões no total do ano.

Outro demonstrativo da diversidade de receitas, para o vice-presidente, pode ser observado nas receitas com cartões, para R$ 2,8 bilhões, alta de 17%, com base de 82 milhões de plásticos de débito e crédito, ao registrar 21,3% de participação de mercado em faturamento.

A venda de produtos de seguros de julho a setembro alcança faturamento de R$ 5,6 bilhões, com R$ 2,5 bilhões provenientes da previdência, R$ 803,3 milhões de capitalização e R$ 2,3 bilhões em seguros. "Em seguros, a relação com o PIB [Produto Interno Bruto] tende a crescer. Realizamos uma reestruturação nos processos [parceria com a Mapfre], investimentos, e há tendência de aumento. Também elevamos para 75% a participação na BrasilPrev", declara Monteiro, que revela que hoje a participação de seguros nas receitas está em 15%, mas a meta é atingir 25% até 2014.

A carteira de crédito atinge R$ 441,6 bilhões, crescimento de 21% em 12 meses e de 4,55% ante o segundo trimestre. A carteira de pessoa jurídica soma saldo de R$ 199,1 bilhões e encerra setembro com expansão de 4,1% na comparação trimestral e de 21,6% ante 2010. A maior elevação ocorre no segmento de médias e grandes empresas, de 24,1%, ao totalizar R$ 136,8 bilhões. "Destaque para as linhas de investimento, que somaram R$ 21,5 bilhões, como o Finame, Fundo de Garantia de Operações (FGO), BNDES e investimento agropecuário", diz Monteiro. O segmento de micro e pequenas companhias cresce 16,4% no acumulado de 12 meses, para R$ 62,3 bilhões.

Outro destaque mencionado pelo vice-presidente ocorre nas linhas de financiamento do comércio exterior, como adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC) e adiantamento sobre cambiais entregues (ACE), que atingem 36% de participação de mercado e volume contratado de R$ 5,6 bilhões, alta de 11,9% no terceiro trimestre ante o segundo. "Os bancos estão oferecendo menos linhas em dólar, e assim aumenta a demanda nas linhas do BB, principalmente em ACC."

O crédito destinado para pessoa física alcança R$ 125,8 bilhões no terceiro trimestre, acréscimo de 2,6% ante junho e de 17,1% no ano. A carteira de consignado soma R$ 49 bilhões, crescimento de 16,2% em 12 meses e 31,6% de participação de mercado.

O imobiliário, que iniciou no BB em 2008, encerra o trimestre com R$ 5 bilhões, 19,8% maior do que em junho deste ano. No Programa "Minha Casa, Minha Vida", o total de financiamentos chega a 7.540 habitações. "Imobiliário vai continuar a crescer muito acima da média de crescimento da carteira total", complementa o vice-presidente do banco.

Internacionalização

O próximo passo no processo de internacionalização do BB será a inauguração, em janeiro, da corretora em Cingapura. Segundo Ivan Monteiro, o diretor e o endereço já estão definidos. "Começa a operar em janeiro para a distribuição de papéis de empresas brasileiras." Monteiro complementa que a unidade servirá também como controle das operações na Ásia, que hoje acontecem a partir de Londres.

De acordo com a estratégia de comercialização, a instituição financeira também recebeu, no final de outubro, aprovação do Banco Central para uma agência em Xangai, na China, com o objetivo de operar para o segmento de pessoa jurídica.

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