Breaking News

Corretora foca internet e atrai private equity

Fonte: Diario do Comércio - MG

São Paulo - A Minuto Seguros, mais uma corretora a investir no universo on-line de venda de seguros, acaba de iniciar sua operação. O produto de estreia é o seguro de automóvel, mas a corretora pretende oferecer novas opções a cada mês, que serão escolhidos conforme a demanda obtida pelo público consumidor. "Em janeiro, devemos ofertar seguros residencial e para equipamentos portáteis", diz Marcelo Blay, sócio da Minuto

A empresa é a nova versão da Blay Seguros, corretora com 18 anos de mercado, que foi adquirida que há cerca de um ano por Blay e Manes Erlichnan Neto. Depois da tentativa frustrada de criar uma seguradora de saúde, Blay, que tem passagens pela Itaú Seguros, Porto Seguro e Tempo Assist, decidiu comprar a empresa, que já era da sua família, e repaginá-la. O processo angariou investimentos da ordem de R$ 5 milhões.

Apesar de a corretora manter a distribuição tradicional por corretores, a comercialização de seguros pelo canal on-line deve mudar significativamente os números da empresa. Atualmente, são R$ 4 milhões em prêmios e 1.500 clientes. A meta para 2012, primeiro ano de atuação da corretora, é ampliar a base de consumidores para 20 mil e atingir R$ 30 milhões em prêmios. Para 2013, os objetivos são ainda mais agressivos: 50 mil clientes e R$ 75 milhões em prêmios.

De acordo com Blay, esses resultados serão obtidos apenas com a venda on-line. No mundo digital, a Minuto Seguros enfrentará a concorrência de players como a segurar.com, a EscolherSeguro, Smartia e Sossego. Há ainda a cobiça de seguradoras estrangeiras, como a israelense Direct Insurance, que procura um terceiro investidor para iniciar suas operações no mercado brasileiro também via internet. "Temos experiência e tradição no setor de seguros", resume Blay, ao comentar a competitividade com outras corretoras on-line.

Novo investidor - O negócio chamou a atenção de investidores locais e internacionais. Blay adianta que fundos de private equity, investidores do Vale do Silício e do Brasil, além de "grandes" family offices (gestores de fortunas) assediaram a corretora. "Não tínhamos pensado nesta possibilidade. Estamos em um processo de análise e seleção do fundo de private equity e devemos ter algum nome no final do primeiro trimestre de 2012", admite ele. "Queremos ter um parceiro com musculatura financeira", acrescenta.

Sobre uma possível abertura de capital, uma das formas mais comuns dos fundos de private equity saírem de seus investimentos, ele diz que é uma ideia futura. "Queremos tocar o dia a dia da Minuto nos próximos 5 anos. Vamos pensar em IPO (Oferta Pública Inicial de Ações, na sigla em inglês) somente depois de 2017", analisa.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario