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Mercado prevê alta de 10% de seguros de veículos em 2012

Fonte: DCI Online

São Paulo - Para o final de 2011, a perspectiva de crescimento do segmento de seguros gerais é de 13,2%, com R$ 42,63 bilhões em faturamento, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg). Entretanto, o ramo de veículos apresentou expansão em ritmo inferior ao longo do ano, de 6,5%, para R$ 11,9 bilhões até julho deste ano, de acordo com últimos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Para especialistas e executivos, o volume reduzido está relacionado ao aumento da inflação e desaceleração da economia.

Apesar da queda no total faturado, o vice-presidente de ramos elementares da SulAmérica, Carlos Alberto Trindade, aposta em expansão de 10% do segmento de seguros de automóveis. A mesma visão é compartilhada pelo diretor de auto da Porto Seguro, Marcelo Sebastião. Já o diretor-geral de automóveis do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, Jabis Alexandre, acredita em uma repetição do ocorrido em 2011.

Segundo Lauro Faria, assessor da diretoria executiva da Escola Nacional de Seguros, a arrecadação responde pela menor produção de veículos no ano e a concorrência. "A competição entre as seguradoras reduz os prêmios e o volume total. Para 2012 devemos ver queda nas margens."

Com 10,5% de participação de mercado, a SulAmérica fechou os nove primeiros meses deste ano com R$ 1,644 bilhões de faturamento, o que representa uma alta de 7,4% ante o mesmo período do ano anterior. "Foi um ano muito bom, com o crescimento até setembro e 1,5 milhões de veículos [segurados]", diz Trindade.

Para 2012, o executivo estima uma expansão de 10% do mercado por conta da retomada do mercado de venda de automóveis. Trindade explica que do total de veículos lançados nos últimos cinco anos, 70% possui seguro. Já a porcentagem da categoria do zero quilômetro chega a 90%. Contudo, o vice-presidente lembra o impacto da inflação de autopeças e mão de obra. " Todo o setor acabou por corrigir a partir do segundo semestre os preços em pelo menos 5%." No terceiro trimestre, os prêmios de seguros de automóveis, que correspondem a 23,8% do total da SulAmérica, apresentaram queda de 5,5%, para R$ 581,4 milhões.

O diretor-geral de automóveis do Grupo segurador Banco do Brasil e Mapfre, Jabis Alexandre, concorda com o impacto da alta dos preços em autopeças, mas afirma que o impacto nos preços foi moderado, pois o setor é muito competitivo e as seguradoras não repassam aos clientes. "O aumento ficou entre 4,5% e 5% e as seguradoras reduzem a margem com elevação do custo".

Recentemente formado, o Grupo Segurador BB & Mapfre detém 16,5% do mercado de automóveis, com 2,6 milhões de segurados. "O mercado cresceu 6,5% até julho e nós ficamos em 10%, o que é positivo em um ano de integração das carteiras". Segundo Alexandre, 2011 deve fechar com expansão de 10,5%.

A líder em seguros de automóveis é a Porto Seguro, que inclui também as carteiras da Azul Seguros e Itaú Seguros Auto e Residência, teve alta de 7,4% em nove meses, para R$ 4,205 bilhões em prêmios e 4,05 mil veículos na frota segurada. "Até julho, até onde possuímos dados da Susep, o mercado avançou 6,5%, enquanto a Porto Seguro cresceu 8,1% no mesmo período", detalha Marcelo Sebastião, diretor de auto da Porto Seguro, que ainda acrescenta: "A contrapartida é o aumento da sinistralidade para 65,7%, o que remete para uma reanálise de preços. Houve aumento de furto e roubo na praça de São Paulo e de colisão parcial."

Atendimento

Questionados sobre a principal estratégia competitiva, ambos citaram a qualidade dos serviços. No caso da SulAmérica, o diferencial está na segmentação dos produtos, como o auto mulher, e o Centro Automotivo de Super Atendimento (C.A.S.A), com 35 unidades pelo país.

O Grupo Segurador BB & Mapfre deve inaugurar mais oito centros automotivos em 2012, com o total de 50 unidades, além de investir no canal de distribuição, com 18 mil postos. A Porto Seguro soma 130 centros automotivos e investe em serviços agregados.

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