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Corrida por apólice bilionária da Petrobras

Fonte: Brasil Econômico

Proteção de US$ 94,9 bilhões está nas mãos de Itaú, Allianz e Mapfre, mas vence em 2012

A seguradora do banco Itaú terá um desafio importante em 2012: manter em sua carteira a apólice bilionária da Petrobras, conquistada em licitação há dois anos. "O Itaú está interessado em renovar esse contrato", diz o diretor de soluções corporativas de Seguros do banco, Antonio Trindade.

Em março do ano passado, um consócio formado por Itaú, Allianz e Mapfre venceu a licitação da Petrobras referente a riscos operacionais, riscos de petróleo, responsabilidade civil geral, transporte nacional e internacional e responsabilidade civil aeronáutica. A apólice tinha valor segurado de US$ 94,9 bilhões e rendeu às empresas um prêmio de US$ 49,6 milhões.

Passado um ano de vigência da apólice, a estatal renovou o seguro com as mesmas empresas, prerrogativa do contrato que havia sido firmado.

Em 2012, no entanto, a Petrobras vai abrir outra concorrência para a apólice, que entrará em vigor em março.

De acordo com Trindade, muitas seguradoras vão se empenhar em levar este contrato, tendo em vista a ausência de grandes sinistros da petrolífera.

A Allianz, que entrou no consócio com uma fatia de 30% da apólice da Petrobras, diz que como ainda não há definições sobre a concorrência, prefere não se pronunciar. O Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, por sua vez, afirma que tem interesse e está apto a participar da concorrência.

As seguradoras que ficaram de fora da concorrência em 2010 também planejam entrar.

Entre elas, a RSA Seguros, que tem metade de sua receita de R$ 400 milhões ao ano advinda de seguro para transportes, diz que tem intenção de participar na licitação desde que seja para oferecer cosseguro na área em que tem maior expertise.

"Se for seguro transporte, nós queremos oferecer para a Petrobras", diz Thomas Batt, diretor- executivo da empresa, que chegou a considerar a possibilidade de participar da licitação no ano passado e chegou a travar conversas iniciais com a estatal sobre o assunto.

Segundo Newton Queiróz, diretor de óleo e gás da Aon, de modo geral, as apólices de seguro no setor de energia devem ficar mais caras em 2012 por conta de grandes sinistros internacionais que penalizaram as resseguradoras.

"Esses sinistros vão refletir nas renovações feitas a partir de 1º de janeiro, que terão elevação do valor entre 10% e 15%", afirma.

No caso da Petrobras, é preciso considerar que desde o fechamento da última apólice a empresa ampliou as atividades, o que eleva o valor do patrimônio segurado. Por outro lado, a empresa não teve sinistros relevantes neste período."A Petrobras é um caso ímpar, com sinistralidade baixíssima, é uma empresa de excelência e reconhecida mundialmente, então tem um dos melhores programas e melhores taxas de seguro", ressalta Queiróz. F.F.

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