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Em 2012, comércio eletrônico de seguros terá mais força

Fonte: Revista Cobertura

Corretores se posicionam para aproveitar a web para ampliar negócios, a partir da certificação digital; venda on-line deve amadurecer até 2014

Por Carol Rodrigues

As vendas do comércio eletrônico no Brasil devem encerrar 2011 com uma movimentação de R$ 20 bilhões, enquanto o ano anterior atingiu R$ 14,80 bilhões, segundo dados do e-Commerce.org, site especializado em informações sobre e-commerce da internet brasileira. O aumento dos 'e-Consumidores' no Brasil – estima-se que hoje sejam 75,98 milhões de pessoas conectadas - incentivam cada vez mais a disponibilidade de produtos e serviços on-line, inclusive seguros.

Visualizar a internet como uma forma de relacionamento e prestação de serviços é um dos estímulos para os corretores se posicionarem na rede, já que está previsto para 2012 um forte desempenho do comércio eletrônico.

Para Rodrigo Caixeta, CEO do Smartia, portal de busca, cotação e vendas de seguros on-line (www.smartia.com.br), 2011 foi o período de estabelecimento de bases estruturais tecnológicas, operacionais e processuais e de parcerias. Isso, conforme ele, fornece a base para iniciar 2012 com a dinâmica do negócio dos seguros on-line. “As expectativas são imensas, vislumbramos algumas enormes oportunidades, que têm nos impulsionado algumas ações, porém, com certeza no decorrer dos anos nos depararemos com inúmeras novas demandas, viabilizadas e geradas pela própria web e avanços tecnológicos”.

Ele informa que, hoje, desde a entrada do cliente no portal até clicar no botão comprar, o cliente não leva mais de 3 minutos. “Procuramos estabelecer a melhor usabilidade possível, com perguntas assertivas, dinâmicas e homologadas pelas seguradoras”, diz sobre o processo de compra on-line, cujo tempo depende do ramo, já que alguns requerem especificação de perfil e maior depuração do risco.

A perspectiva é fechar o ano de 2012 com um volume entre 300 mil e 400 mil segurados na carteira, ao contabilizar número de vidas (seguros de vida, saúde e odontológico) e itens (seguros patrimoniais). Para atingi-lo, o Smartia foca a atuação em nichos específicos, na segmentação de estratégias e equipes de venda, segundo o CEO, tendo como características comuns para todas as abordagens, a inovação tecnológica atrelada às soluções de seguros.

Venda tradicional + on-line

A Economize no Seguro (www.economizenoseguro.com.br/) é uma das corretoras de seguros tradicionais que investe nas vendas on-line há cerca de quatro anos, com uma taxa de crescimento em torno de 40% e 50% ao ano.

O sócio diretor da empresa, Claudio Royo, acredita e aposta no promissor cenário diante do aumento das vendas on-line. “Há mercado para todos, para o corretor que ainda vende de forma convencional e também para os que só vendem de forma on-line. Nós optamos pelas duas formas e acreditamos que as duas têm suas vantagens”.

Segundo o diretor da corretora, que tem o automóvel como carro-chefe, para 2012 está previsto o investimento em microsseguro e, na venda direta, seguros para tablets, notebooks, seguros viagem, entre outros.

“Particularmente apostamos no Seguro Viagem, que é um projeto nosso e está em fase de teste, em breve estará no ar. Com a economia relativamente em alta, os brasileiros estão viajando mais para outros países e queremos aproveitar esse momento”, comenta Royo, sobre o seguro cujo processo leva até três minutos, entre a contratação e a apólice no e-mail do contratante.

Certificação digital é porta de entrada

Embora na visão de Manuel Matos, gestor da Rede ICP Seguros (http://blog.redeicpseguros.com.br/), a comercialização de seguros on-line em 2011 tenha se dado em larga escala pelo internet banking, é notória a movimentação dos corretores de seguros para estruturarem-se para operar com o comércio eletrônico. Um ponto de partida, segundo ele, é a questão da validade jurídica de um documento eletrônico, que necessita de uma assinatura digital.

Nesse aspecto, os corretores credenciam-se como Autoridade de Registro (AR), por meio da AC Fenacor e AC Sincor para que possam emitir o certificado digital para a população e, segundo Matos, passam a participar da comercialização eletrônica. “Ao mesmo tempo, eles trabalham com as seguradoras para que o fluxo do processo, não só na contratação de seguro, como na regulação e liquidação do sinistro, também possa ser eletrônico com o uso de certificação digital, como preconiza a lei”.

Para ele, a contratação de seguros on-line deve atingir um maior movimento no segundo semestre de 2012 e durante 2013 e prevê que atingirá maturidade em 2014. “A rede de corretores que sabem operar com seguros eletrônicos tem que ser estruturada antes da operação entrar em larga escala em todo o País”, alerta.

Isso vai ao encontro do aumento da procura de corretoras pela certificação digital pelos corretores e a meta de certificação. “Credenciamos uma média de 15 novas corretoras por mês e a meta é atingir 2 mil corretores em diversos municípios até 2013”, adianta.

Ele ainda acrescenta que é o próprio cliente quem estimula a mudança, sobretudo porque é uma porta de entrada para novos negócios. “Já temos corretores que têm mais clientes na carteira que vieram por meio do certificado digital”, exemplifica.

Por isso, ele é enfático ao afirmar que até 2014 o foco do mercado é a construção da infraestrutura do documento eletrônico no âmbito do setor de seguros com a criação das redes de corretores. “O corretor de seguros sempre se caracterizou pela inovação e, mais uma vez, a minha expectativa é do crescimento do corretor que inovar, ao fazer a migração para o uso do documento eletrônico para bem atender a sua clientela e conquistar novos clientes”.

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