Breaking News

Indústria de seguros encerra 2011 com R$ 444 bilhões em reservas

Fonte: Sonho Seguro

O desempenho da indústria de seguros em 2011 superou a expectativa inicial dos executivos do setor em cinco pontos percentuais, passando de um crescimento de 12% para 17,1%. Sem dados consolidados do fechamento de dezembro, a previsão é chegar encerrar 2011 com faturamento de R$ 218,6 bilhões, informa Jorge Hilário (foto), presidente da CNseg, em almoço realizado com jornalistas na sede da entidade no Rio de Janeiro. “Isso mostra a força do setor, que soube reagir para driblar os efeitos da crise mundial”. O total de indenizações pagas a segurados somou R$ 106,3 bilhões, alta de 17% ante os R$ 90,8 bilhões observados no ano passado.

Em 2012, período visto pelos economistas como um ano difícil, a previsão da CNseg é de crescimento de 12,8%. Um indicador otimista se considerarmos a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5% para o próximo ano. “Apesar da perspectiva de desaceleração da economia por conta dos efeitos da crise internacional, apostamos no avanço do setor para um faturamento de R$ 246,8 bilhões em razão de ainda termos um espaço muito grande para ocupar no que diz respeito a vender proteção para a sociedade brasileira”, disse.

Um dos desafios da CNseg em 2012 é intensificar a comunicação do setor com a sociedade. “Temos um peso importante para o país quando consideramos as reservas de R$ 444 bilhões, o que apresenta 11% do PIB. Isso significa uma forte contribuição para o desenvolvimento social e econômico do País”, ressaltou. “Somos um dos maiores administradores de poupança doméstica”.

Um dos destaques de 2012, segundo o presidente da CNseg, é a chegada de novos grupos estrangeiros interessados em operar no Brasil. “A crise traz oportunidades, como estimular as seguradoras internacionais a buscar novos mercados para obter crescimento diante do quadro de recessão dos países europeus e Estados Unidos”.

Entre as conquistas de 2011, Jorge Hilário citou a regulamentação do microsseguros, divulgada nesta semana pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a criatividade da indústria em lançar produtos inovadores, o que manteve o crescimento do setor mesmo com a desaceleração da economia a partir do segundo semestre do ano.

Marco Antonio Rossi, presidente da Fenaprevi e da Bradesco Seguros e Previdência, ressaltou o avanço da previdência privada e seguros de pessoas. “Temos muito para conquistar nesses dois segmentos, especialmente no devenvolvimento de produtos e na comunicação com o público de menor renda”, diz.

Segundo Solange Beatriz, diretora da CNseg, o projeto Estou Seguro, para desenvolver o microsseguros no morro Santa Marta, já conta com quase 200 apólices vendidas. “O principal objetivo é difundir a cultura de seguro na comunidade e não a venda”, explica. O aprendizado obtido com o projeto, que entrou na segunda fase em novembro, será levado para outras comunidades em 2012.
Em saúde, o crescimento das vendas estimulado pelo baixo índice de desemprego e aumento da renda da população, foi o grande destaque do ano, segundo Márcio Coriolano, presidente da Bradesco Saúde e da Fenaprevi. Outro ponto importante foi o foco dado pela Fenaprevi ao debate de melhorias na regulamentação. “Tem alguns aspectos que podem ser revistos para que o custo do plano de saúde se torne mais acessível para a população, principalmente a de menor renda”, acrescentou.

A saúde suplementar respondeu com R$ 89 bilhões do faturamento total de indústria, avanço de 12,5% “O segmento de pequenas e médias empresas foi o que mais cresceu”, frisa o executivo. Entre os tipos de planos, o maior avanço foi registrado nos planos com direito a internação em enfermaria, considerado o produto mais básico disponível na prateleiras das empresas de saúde.

Seguros gerais, o grande destaque ficou por conta do crescimento de seguros diferenciados, como responsabilidade civil, riscos financeiros, rural e habitacional. A carteira mais madura do setor, a de automóvel, acabou por registrar um crescimento modesto, pouco acima de 6%, segundo Neival Rodrigues, diretor da Fenseg, que esteve no almoço substituindo Jayme Garfinkel, presidente da Fenseg e da Porto Seguro.

Segundo ele, o grande desafio para 2012 será tornar os seguros de garantia, de crédito e de responsabilidade mais conhecidos da sociedade, bem como promover debates para tornar as cláusulas dos contratos de seguros mais simples e transparentes. “Temos de deixar claro para o consumidor o que está coberto e o que está excluído do contrato”, disse.
Em seguro de carro, novamente o apelo de tornar o preço acessível pauta o segmento. Uma das formas de reduzir custos da carteira está na aprovação de normas que viabilizem o seguro popular de carro. Segundo dados da Fenseg, 1,9 milhão de veículos foram roubados no Brasil neste ano, até outubro.

Desses, 890 mil foram recuperados. Os 1,01 milhão que não foram encontrados podem estar em desmanches ilegais. “Uma forma de baratear o seguro seria aprovar a lei de regulamentação dos desmanches”, diz. Há dois projetos em pauta no Congresso, sem previsão para serem votados.

A receita de arrecadação gerada por todos os títulos de capitalização deverá encerrar 2011 com um faturamento de R$ 13,55 bilhões, crescimento de 15,06%, em relação a 2010. As provisões técnicas deverão atingir o montante de R$ 18,6 bilhões, com um crescimento de 10,91%, segundo Joílson Ferreira, vice -presidente da Fenacap, que substituiu Paulo Rogério Cafarelli, presidente da Fenacap e vice-presidente do Banco do Brasil, no almoço com jornalistas.

Em 2011, estima-se que o segmento de capitalização irá retornar à sociedade R$ 11,1 bilhões, sendo R$ 729 milhões sob a forma de sorteios, para aproximadamente 300 mil ganhadores, e R$ 10,4 bilhões em resgates nesse período. Para 2012, a previsão inicial é de um crescimento da ordem de 15%, cuja expectativa é de repetir os bons resultados que deverão ser alcançados em 2011.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario