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Patrimônio do setor em 2011 vai a R$ 273 bilhões

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

PREVIDÊNCIA PRIVADA - Para atrair e manter talentos, mais empresas aderem a um sistema que já movimenta carteira de investimentos equivalente a 7% do PIB

Investidoras institucionais, as seguradoras encerraram 2011 movimentando recursos estimados em R$ 273 bilhões na área da previdência complementar aberta, o equivalente a 7% do Produto Interno Bruto (PIB). Na última década, essa poupança (reservas técnicas) pulou de R$ 20,96 bilhões, em 2001, para R$ 216,2 bilhões, em 2010, expansão superior a 930%, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). São aportes de longo prazo que evoluíram em média 25% ano na década. Em 2011 sobre 2010, o avanço foi de 26%.

Até outubro - últimos dados reais conhecidos - a Fenaprevi aponta que a carteira de investimentos do setor atingiu R$ 260,3 bilhões, elevação de 22,2% sobre os R$ 213 bilhões registrados em igual mês do ano passado. De acordo com o balanço da entidade, o patrimônio do VGBL obteve alta de 29,2%, pulando de R$ 116,7 bilhões para R$ 150,7 bilhões. Já os ativos do PGBL cresceram 16,2% no período, passando de R$ 54,3 bilhões para R$ 63,1 bilhões. Por fim, as reservas dos planos tradicionais foram a R$ 45,8 bilhões, ante os R$ 41,4 bilhões anteriores: alta de 10,7%.

O desempenho projetado para 2012 é de otimismo continuado, dentro de uma perspectiva até considerada conservadora. Mantidas a renda do trabalhador, o baixo índice de desemprego e o avanço do PIB no mesmo patamar dos últimos 12 meses, o setor continuará a sua trajetória de crescimento, pelo menos no mesmo nível alcançado em 2011.

Embora a maior parte do dinheiro que alimenta o sistema complementar privado tenha origem em aportes dos trabalhadores em planos individuais de aposentadoria, a Fenaprevi observa que as contribuições do mundo corporativo, nos chamados planos empresariais ou coletivos, têm avançado, e muito. De janeiro a outubro último, as seguradoras captaram receita de R$ 5,2 bilhões com os produtos destinados às empresas, 23,1% a mais do que nos dez primeiros meses de 2010.

O crescimento desse segmento situou-se 3,4 pontos percentuais acima da média do mercado no período, que foi de 19,7%, com os depósitos situados em R$ 41,4 bilhões, pelos números da Fenaprevi, que mostram o faturamento global do setor crescendo 630% na última década. A captação pulou de R$ 7,3 bilhões em 2001 para R$ 46 bilhões em 2010.

Presidente da Fenaprevi, Marco Antonio Rossi diz que "a maior concorrência entre as empresas por mão de obra qualificada e pela retenção de talentos impulsionou os planos empresariais". Segundo o executivo, que também preside o grupo Bradesco Seguros, os planos de previdência são um benefício importante para atração e retenção de funcionários.

Na avaliação por tipo de plano, o VGBL respondeu por 48,4% dos planos empresariais, no período, o PGBL por 40,7% e os planos tradicionais por 10,8%. Na avaliação por tipo de produtos, os planos para menores e os individuais também tiveram crescimento expressivo no acumulado de 2011. Os planos para menores arrecadaram R$ 1,4 bilhão (alta de 22,4%) e os planos individuais receberam aportes de R$ 34,8 bilhões, expansão de 19,1%.

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