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Possíveis efeitos da crise no Brasil dividem opiniões

Fonte: Seguros.inf.br

Os possíveis efeitos da crise econômica mundial sobre o mercado de seguros no Brasil dividem opiniões entre economistas, consultores e executivos do setor. O presidente da Porto Seguro, Jayme Brasil Garfinkel, por exemplo, acredita que todos devem manter uma postura cautelosa neste momento. “É melhor esperar o pior e se preparar para os eventuais problemas que surgirem”, afirma o executivo, que se diz “pessimista nato”.

Para Jayme Garfinkel, o cenário predominante na indústria do seguro não é tão favorável quanto pintam alguns seguradores e especialistas brasileiros. Ele lembra que, este ano, está ocorrendo um crescimento da taxa média de sinistralidade e aumentaram também os custos das seguradoras.

Ele reconhece que esses dados negativos tiveram como contrapartida o crescimento da receita de prêmios e a entrada de receitas novas. Em razão disso, o presidente da Porto Seguro acredita que 2012 “poderá repetir 2011”.

Já o CEO da Zurich Seguros América Latina, Antonio Cássio dos Santos, aposta que nenhuma seguradora brasileira corre risco de insolvência decorrente da crise na economia mundial. Na visão dele, o mercado interno está protegido “pelas regras mais conservadoras do mundo”.

Curiosamente, Antonio Cássio dos Santos admite que esse conservadorismo foi alimentado ao longo dos anos pela disposição dos órgãos reguladores de fechar todas as brechas abertas pelos próprios operadores do mercado.

Os dois executivos participaram, no final da semana passada, do XVII Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, realizado em Brasil, onde ouviram economistas e consultores discutirem o que pode ocorrer na atividade de seguros em caso de recrudescimento da crise na economia internacional.

Na ocasião, a economista chefe da Icatu Seguros, Victoria Werneck, disse estar bastante otimista quanto ao comportamento do mercado no Brasil, mesmo diante do aprofundamento da crise econômica que afeta mais diretamente a Europa e os Estados Unidos. “O mundo vive a pior crise desde a depressão de 29. Mas, no Brasil, o setor de seguros continuará crescendo nos próximos anos”, assegurou.

Opinião idêntica manifestou o diretor da Escola Nacional de Seguros, Claudio Contador, que também é economista. “Não sou otimista, sou realista. A situação está tranquila aqui. Ao final dessa crise mundial, o Brasil sairá com muita força”, observou.

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