Quais as vantagens da aplicação na poupança e nos fundos PGBL e VGBL?
Fonte: Folha de São Paulo
RESPOSTA DO PROFESSOR DO INSPER RICARDO MOLLO - A poupança é uma alternativa geralmente utilizada por pequenos investidores com estratégia de curto prazo. Tem baixo risco, rendimento de TR (Taxa Referencial) mais 0,5% ao mês, isenção de Imposto de Renda e garantia do Fundo Garantidor de Crédito para montantes até R$ 70 mil.
Chamados de produtos de previdência complementar, o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) caracterizam-se por serem investimentos tipicamente de longo prazo.
Têm como objetivo a acumulação de recursos com contribuições mensais ou esporádicas, para benefício em resgates na aposentadoria, em complemento à previdência pública.
O PGBL funciona como um fundo de investimentos que inclui a concessão de um incentivo fiscal. As contribuições feitas pelo investidor podem ser abatidas da base de cálculo do IR em até 12% da sua renda bruta anual. É mais vantajoso para investidores que optam pela declaração completa.
Já o VGBL é qualificado como um seguro, porém funciona como se fosse um fundo de investimentos. Não permite abatimento na base de cálculo do IR do investidor. Assim, é mais indicado para quem opta pela declaração simplificada.
A principal diferença entre PGBL e VGBL é a incidência de impostos no resgate. Nos resgates do PGBL há incidência de tributação sobre o seu valor total. Já no VGBL, só os rendimentos são tributados.
Os dois podem ser usados juntos caso o investidor queira investir mais que 12% de sua renda bruta anual.
Ambos são boas alternativas para planejar a aposentadoria, porém há cuidados a se tomar: procure gestores tradicionais e qualificados; tente aplicar pelo maior prazo possível, beneficiando-se de taxas menores de IR; e acompanhe periodicamente os rendimentos, uma vez que não há garantia nem mesmo de valor da renda vitalícia.
INÍCIO
Quais as melhores opções para quem possui pouco capital a investir (menos de R$ 1.000 por mês)?
D.F., de Crato
RESPOSTA - Há diversas opções para investimentos com valor reduzido. Nem sempre a melhor é a mais rentável, mas sim aquela que, pelas características de risco e liquidez, atende ao perfil e necessidade do investidor.
As principais opções disponíveis são títulos públicos, poupança, CDBs, fundos de investimento em Renda Fixa, títulos de capitalização, consórcio e ações.
É prudente diversificar. Assim, procure aplicar em mais de um produto. Quando for investir em fundos, é importante saber a sua composição, bem como a taxa de administração e a forma de resgate.
Os investimentos de maior rentabilidade geralmente têm maior risco, por isso analise esse fator antes de investir, principalmente em ações.
Quando possível, procure a ajuda de um especialista.
CRISE
Neste cenário econômico tão conturbado, onde é mais seguro investir? Falo de uma aplicação de longo prazo.
W.O., de Curitiba
RESPOSTA - Crises costumam gerar expectativas negativas, o que aumenta a aversão ao risco, especialmente pela falta de compressão do tamanho do problema e seu reflexo nos valor dos ativos.
A primeira reação dos investidores pessoa física é vender ativos de risco, como ações e fundos, para comprar títulos de renda fixa.
Nem sempre esta estratégia é a mais eficiente para o longo prazo, embora seja a mais conservadora.
Em momentos de crise, os ativos de maior risco ficam mais baratos pela instabilidade econômica e pela percepção dos investidores menos informados.
Embora o momento requeira prudência, é nessa hora que investidores de longo prazo encontram boas oportunidades de compra, em especial em ações e títulos de empresas competitivas em países estáveis.
EU INVISTO EM
Tatiana Dumenti, apresentadora
"Invisto em fundos conservadores, por ser mais seguro e confiável. É importante se programar para não resgatar o dinheiro que está rendendo antes da hora"
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