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Construção civil impulsiona segmento de seguros

Fonte: Diário do Comércio - MG

Segundo empresas do setor, alta não só da procura pelas apólices de obras, como também de saúde, vida e equipamentos.

MARA BIANCHETTI.

O bom momento pelo qual passa a construção civil, impulsionado principalmente pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014, está favorecendo os negócios do mercado de seguros. De acordo com representantes do setor, o aquecimento do mercado está provocando um aumento não só da procura pelos seguros de obras, como também de saúde, vida e equipamentos.

Dessa forma, a expectativa da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg) é de que o mercado de seguros no Brasil apresente crescimento de 17% no ano passado, ante 2010, e que arrecadação some R$ 218,6 bilhões. Em Minas Gerais, o cenário não é diferente. De acordo com o diretor do Sindicato das Seguradoras de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal (Sindseg MG/GO/MT/DF), Ângelo Vargas Garcia, no Estado, o setor vai crescer 13%, na mesma base de comparação.

"Em ambos os casos os números são considerados extremamente positivos, principalmente por estarem bem acima da estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2011", diz.

Garcia destaca ainda que tanto em âmbito nacional quanto no território mineiro, as apólices de obras crescerão acima das relativas a outros segmentos. No caso do país, este crescimento será de 23%, já em Minas, de 20%, no comparativo entre 2011 e 2010.

Obras - Em relação aos seguros específicos para obras, Garcia lembra que existem apólices de risco de engenharia (que vão cobrir exatamente o processo de construção, como problemas com canteiro de obras, acidentes, incêndios) e de responsabilidade civil (que cobrem danos causados a terceiros).

Da mesma forma, os negócios das corretoras que operam no Estado estão sendo beneficiados pelo aquecimento da construção civil. Esse é o caso da Solutions Gestão de Seguros, corretora sediada em Belo Horizonte, que encerrou 2011 com crescimento de 40% em relação ao resultado obtido no exercício anterior.

Segundo o diretor da corretora Sérgio Frade, o desempenho é fruto não só do crescimento da economia e da ascensão das classes sociais mais baixas, mas também dos investimentos em infraestrutura que têm sido realizados no país.

"Além de o grande volume de empreendimentos estar impulsionando a quantidade de seguros de obras, está influenciando também nas apólices de seguro de vida, plano de saúde e de equipamentos, uma vez que quanto maior o volume de obras, maior o contingente de pessoas trabalhando no segmento e o número de equipamentos sendo utilizados", explica.

Já na Mercantil do Brasil Corretora de Seguros, a expectativa era encerrar este exercício com aumento de 20% nos negócios em relação a 2010. De acordo com o diretor-executivo da instituição, Ubirajara Cavalcanti, somente as apólices de seguro de obras devem crescer, em média, 40%, na mesma base de comparação. Segundo ele, o crescimento expressivo é fruto não só do aumento do volume de obras no país, com também de uma maior divulgação dos produtos.

" uma proteção indispensável contra os riscos a que estão expostas durante a realização de seus serviços, como tumultos e greve, incêndio, explosão, desmoronamento, erros de execução do projeto, entre outros", afirma. Assim, ele acredita que a participação do setor continuará aumentando nos próximos exercícios, tendo em vista as perspectivas de manutenção do crescimento da construção civil. Hoje os segmentos responsáveis pela maior parte dos negócios da corretora são seguro de vida, de automóveis e patrimonial.

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