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Europa deve puxar alta nas falências este ano, diz estudo

Fonte: Valor Econômico

Seguradora prevê alta de 3%, mas sem atingir recorde de 2009

Pelo menos 330 mil companhias no mundo poderão ser declaradas insolventes em 2012, sendo 3% a mais do que no ano passado na incapacidade de pagar suas dívidas, afetadas pela deterioração econômica.

A projeção é do Euler-Hermes, maior grupo mundial de seguros de crédito. Em 2011, seu Índice Global de Insolvência de Empresas (IGI) recuou 3%, mas agora volta a subir - sem, no entanto, bater o recorde registrado na recessão de 2009, quando houve 350 mil insolvências oficialmente registradas (alta de 29% em relação a 2008).

Agora, a expectativa é de que o número de empresas tomando o rumo da falência aumente em 25 dos 33 países monitorados e que representam mais de 80% da economia mundial.

O grupo francês calcula que 1% de PIB a menos significa em geral 5% a 10% de insolvências a mais. Em 2011, o crescimento mundial desacelerou bastante, para 3% contra 4,2% no ano anterior, e para este ano a estimativa é de 2,7% na hipótese otimista.

O comércio internacional vai ser duramente afetado. O Hermes calcula que o crescimento foi de 6,7% em 2011, após alta de 13,5% em volume no ano anterior.

O grupo francês prevê um primeiro semestre particularmente duro para a zona do euro, e também desaceleração em economias emergentes sob pressão da dívida e déficit dos ricos.

Além de estagnação da produção, o crédito estará no ponto morto na Europa. As encomendas em todos os setores, as perspectivas de emprego e os indicadores de confiança passaram para o vermelho. A infelicidade de alguns fará o problema de todos, avalia o Hermes.

A maior alta de insolvência de empresas em termos percentuais é esperado na Grécia. Aumentaram 35% em 2011 e agora espera-se mais 26%, enquanto a recessão piora, o desemprego bate recorde e o país continua pressionado a fazer ainda mais cortes de despesas.

Na avaliação do Hermes, o Brasil poderá registrar aumento de 17%, após queda de 8% no ano passado, no número de empresas insolventes.

As projeções enfatizam o impacto do aperto de políticas monetária e fiscal sobre a economia real. As consequências da demanda deprimida nos países desenvolvidos e a dificuldade prolongada de acesso ao financiamento para empresas poderão ficar ainda mais evidentes em 2012.

Os procedimentos legais que regem as insolvências variam de um país a outro, o que torna as comparações internacionais delicadas. Na Espanha e Itália, o número de empresas reconhecidas como incapaz de pagar os compromissos é muito pequeno, subestimando a dificuldade das empresas. Nos EUA, a fortuna dos empresários individualmente pode ser incluída na massa falida da empresa.

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