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Reparo 10% mais caro

Fonte: Correio Braziliense

O custo médio dos consertos de veículos, incluindo peças e mão de obra, ficou 10,78% mais caro em 2011, segundo os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Brasília, a alta foi maior: 15,88%. Esse foi um dos três fatores apontados pelo diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Freitas, para explicar o aumento dos seguros no país, de 5,99%. Os outros dois foram a elevação dos preços dos veículos e do número de acidentes.

Em São Paulo, o seguro subiu num ritmo quase três vezes maior do que a média nacional, chegando a 17,24%. Em Fortaleza, a escalada foi de 13%. Em Brasília, o aumento foi mais comedido (2,21%). Em algumas poucas capitais, os preços caíram. No Rio de Janeiro, onde encolheram 6,87%, o fenômeno teve relação direta com a queda da criminalidade, em especial nas regiões em que foram instaladas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), explicou a diretora da Life Insurance, Luciana Santana.

Mesmo com o aumento na média brasileira, as seguradoras garantem que seu produto é a forma mais econômica de proteger o veículo. Elas lembram que, de uma hora para a outra, você pode ficar sem o carro, numa batida de grande porte que provocou perda total. O que você faz se abalroar um carro importado de luxo? Vai dispor da quantia necessária para bancar o conserto? Além disso, é bom não esquecer que ninguém está livre de furtos ou roubos, principalmente nos grandes centros urbanos.

Jabis Alexandre, diretor-geral de Automóveis do grupo segurador BB-Mapfre, observa que as seguradoras obtêm descontos no preço da reparação de um veículo, o que uma pessoa, sozinha, teria muita dificuldade em conseguir. Depois, segundo ele, os ajustes de preços não são lineares. Dependem muito da experiência da seguradora e da frequência de perdas parciais ou totais, além de furtos e roubos sofridos pelo cliente. Com base nesses parâmetros, o preço é ajustado.

Perfil do segurado

Conta também (e muito) o perfil do segurado, além, é claro, do valor de mercado do automóvel segurado. O seguro de um veículo dirigido por um jovem de até 25 anos é caro porque, em geral, ele se arrisca e corre mais - sem falar na possibilidade de uso de bebidas alcoólicas nas baladas noturnas. Também entra na conta a situação de risco do carro, que depende da região em que o cliente mora, por onde passa e se o veículo fica exposto, na maior parte do tempo, na rua ou guardado numa garagem.

Luciana Santana dá uma dica para o seguro ficar dentro do orçamento. Ela conta que, todo ano, poupa o equivalente à franquia, aquela parte do conserto com que o segurado tem de arcar no caso de uma batida. Se ele não se envolver em nenhum acidente durante o ano, é provável que esse dinheiro seja suficiente para pagar a renovação. (VC)

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