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Seguro residencial responde por 3,2% do mercado no país

Fonte: O Tempo

É bem conhecido o ditado que diz que prevenir é melhor do que remediar. Entretanto, é no momento dos prejuízos que boa parte das pessoas descobre que poderia ter evitado o problema ou, pelo menos, amenizado as suas consequências. Isso vale para o mercado de seguros residenciais. Diferente do seguro de automóveis, responsável por 49,5% do mix oferecido pelo mercado no primeiro semestre de 2011, conforme dados da Federação de Seguros Gerais (Fenseg), a modalidade habitacional ainda é pouco representativa no Brasil e responde apenas por 3,2% do mercado.

O fato é que, embora casa própria seja o sonho de consumo de boa parte da população, poucos se preocupam em fazer o seguro. O diretor-executivo da Mercantil do Brasil Corretora de Seguros, Ubirajara Cavalcanti, afirma que a modalidade é pouco conhecida no país. "O Brasil possui segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 58 milhões de domicílios. E estima-se que em torno de apenas 10% das residências possuam algum tipo de proteção", observa.

De acordo com ele, o seguro residencial é mais comum em países como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França. Cavalcanti explica que o valor do seguro depende das coberturas contratadas. "Normalmente, o seguro residência custa em torno de 0,1% do valor do imóvel", diz.

A gerente de Produtos Patrimoniais da Zurich Seguros, Paula Tassi, confirma o desconhecimento do produto pela maioria dos consumidores brasileiros. "Fizemos uma pesquisa que comprovou isso. O seguro de automóvel é mais lembrado. Por isso, a Zurich Seguros investiu em campanha publicitária, pois acreditamos que quando o público tem acesso à informação, ele consegue perceber com mais clareza a importância deste produto e fica mais interessado em contratar um seguro", ressalta.

Ela afirma que o tíquete médio do seguro residencial comercializado no canal corretor atualmente está na casa dos R$ 150. O que está dentro do valor identificado como percebido pelo consumidor A e B em nossa pesquisa. "Esse valor dependerá do que o cliente irá segurar, pois nosso produto é totalmente flexível, ou seja, o cliente contrata apenas as coberturas que realmente são necessárias. Para se ter ideia, o cálculo do seguro considera mais de sete variáveis sua execução. Podemos usar como exemplo, o tipo de imóvel se é habitual ou veraneio, se é casa ou apartamento, a região, as coberturas que o cliente deseja, a quantidade de coberturas, o bônus de renovação, o limite das coberturas, entre outras", explica Paula.

O diretor de Riscos Industriais e Comerciais da SulAmérica, Luiz Alberto Mourão, ressalta que a venda de seguro residencial é importante, mas não se compara com os ramos de automóvel ou saúde.

"Apesar do número de contratações ainda ser baixo, cresceu a conscientização das pessoas a respeito dessa contratação. E, para ajudar nas vendas, a empresa atua com ações de divulgação do produto", conta Mourão.

Os valores dos seguros residenciais variam de acordo com as várias opções oferecidas pelas empresas. Na Zurich Seguros, considerando o perfil de um casal com 30 anos, que vive em um apartamento de dois quartos, no bairro Buritis, em Belo Horizonte, cujo valor do imóvel é de R$ 200 mil, o custo anual será de R$ 67,37.

Na simulação, se for incluída a cobertura de roubo e de bens com o valor de R$ 5.000 e da cobertura de perda ou pagamento de aluguel em R$ 10 mil, o cliente pode ter o custo anual de R$ 111,12.

Considerando o mesmo perfil, com imóvel localizado na avenida Aggeo Pio Sobrinho, também no Buritis, a cobertura do Bradesco que inclui incêndio, queda de raio e explosão, custa à vista R$ 182,83, com parcelamento em três vezes de R$60,79.

Na Mercantil Brasil Corretora de Seguros, o valor cobrado está na casa de R$200 por ano. Na Sul América, o seguro apenas para incêndio, com limite de responsabilidade de R$ 200 mil, significaria um prêmio a pagar anual de cerca de R$ 105. (JG)

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