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SulaCap desiste de produto tradicional e mira aluguel

Fonte Valor Econômico

Uma guinada por questão de sobrevivência foi o caminho encontrado pela Sul América Capitalização (SulaCap) para sair de uma receita de R$ 210 milhões em 2007 e ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão em 2011. Na época da mudança, a empresa realizava apenas a capitalização tradicional e tinha uma pequena operação de garantia de aluguel de imóvel, que não era rentável.

A companhia estava pressionada pelos bancos - que ocupavam cada vez mais espaços na modalidade de capitalização tradicional -, vivia um período de novas regulamentações e encarava questões judiciais devido a erros na distribuição dos títulos.

Precisávamos criar alguma coisa que nos desse dinheiro. A partir dessa necessidade, desenvolvemos o incentivo e a promoção, conta o diretor comercial da companhia, Cesar Tadeu Dominguez. Nessa modalidade de produtos, a SulaCap viabiliza promoções comerciais de empresas, vinculando títulos de capitalização aos sorteios de prêmios.

A empresa ainda desistiu de fazer capitalização tradicional e intensificou a emissão de títulos de garantia de aluguel, que atualmente chega a 40 milhões de papéis no ano, contra apenas 5 milhões de papéis em 2007.

Os títulos de garantia eram um bom produto, mas não nos davam a rentabilidade necessária. Hoje, sustentam as nossas dez sucursais espalhadas pelas principais capitais brasileiras, afirma Dominguez.

Nesse nicho, o diretor destaca o crescimento, obtido no ano passado, de 52% nas operações da sucursal do Rio de Janeiro, que atende também ao Espírito Santo. Dominguez lembra que o mercado de aluguéis está aquecido e que a estratégia no Rio foi ampliar a cobertura nas zonas Oeste e Norte cariocas e na Baixada Fluminense.

A empresa atingiu em novembro faturamento acumulado de R$ 1 bilhão em 2011 e estima ter fechado o ano na faixa de R$ 1,1 bilhão, o que significaria um aumento de 19% em relação ao ano passado. Para 2012, o objetivo é fazer o faturamento da companhia crescer entre 30% e 40%. A empresa quer atingir receita anual de R$ 2 bilhões em 2014, embora Dominguez acredite que o patamar poderá ser alcançado já em 2013.

A estratégia é dar ênfase às operações de garantia de aluguel de imóvel - em que o locatário adquire um título de capitalização - e incentivo e promoção.

Do faturamento de R$ 1,1 bilhão de 2011, 63% correspondem aos serviços de incentivo e promoção e os outros 37% derivam da atividade de garantia de aluguel. Não precisamos de mais nenhum outro tipo de produto para obtermos R$ 2 bilhões em receitas. O que podemos realizar é uma diversificação dentro da modalidade do produto promocional, afirma Dominguez.

Entre os contrapontos ao bom desempenho este ano está o crescimento de apenas 1% nas operações de Salvador, que, devido a sucessivos resultados insatisfatórios, pode ser fechada. Vou pensar no que fazer. Já trocamos três vezes [de gestor] e os negócios não vão bem, diz. Outro problema está na retenção de mão de obra. Dominguez diz que constantemente perde profissionais para o setor bancário. O chato é que a toda hora estamos treinando alguém novo.

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