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Tempestades danificam veículos e enchem oficinas

Fonte; Diário de Franca - SP

Na última chuva intensa de granizo, no mês passado, três mil carros foram danificados em Franca

Da Redação/DF

Os estragos causados pelas fortes chuvas que têm atingido Franca desde o mês passado não se resumem a enchentes, quedas de árvores, alagamentos e problemas do tipo. As tempestades, principalmente de granizo, têm causado prejuízos enormes a muitos motoristas e feito as seguradores gastarem muito para recuperarem danos em veículos.

Levantamento junto às companhias de seguro aponta que na última forte chuva de granizo, em dezembro, 3 mil carros foram danificados. Além de gerar vendavais, que arremessam galhos de árvores sobre as capotas, essas chuvas de pedras de gelo criam verdadeiras crateras na carroceria do veículo, causando um enorme prejuízo aos seus proprietários.

Fazer o conserto por meio da funilaria tradicional é um pouco demorado e costuma custar bem caro. Uma alternativa nesses casos é apelar para os "martelinhos", funileiros artesanais especializados em pequenos reparos, que recuperam a lataria dispensando em muitos casos a pintura.

O funileiro pressiona a lataria de dentro para fora, fazendo-a voltar à sua posição original. Para isso, o profissional conta com as mais variadas ferramentas, desde o tradicional martelo de funileiro, até espátulas, alavancas ou instrumentos criados ou improvisados, seja de ferro, madeira e outros materiais. O segredo é conhecer os pontos onde se deve comprimir ou bater. Caso contrário, poderão surgir trincas na tinta ou ondulações na chapa.

A maioria desses profissionais é especializada na recuperação de carros atingidos por chuva de granizo. O conserto, nesses casos, pode variar de R$ 300,00 a mais de R$ 2 mil, dependendo do local e dos danos no veículo.

Quem tem seguro geralmente acaba sendo coberto em caso de estragos causados pelas chuvas. Entretanto, o segurado que contrata apenas a apólice de roubo, furto e incêndio não está coberto contra prejuízos no veículo causados por enchentes.

O consumidor deve atentar ao questionário de avaliação de riscos, geralmente preenchido antes da assinatura do contrato. Qualquer mudança nas condições do seguro como troca de endereço, por exemplo, devem ser informadas à seguradora, para evitar problemas ao segurado. Todas as condições devem estar explicitadas no contrato. No caso de enchente, pode ocorrer a perda total do veículo, pois quando a água atinge o painel do automóvel, danifica componentes eletrônicos caros e cujos danos podem facilmente atingir 75% do valor do veículo. O veículo também não deve ser ligado após ser atingido pela água, pois pode ter entrado água no motor e ao dar a partida ocorrer danos graves e o segurado perder o direito à indenização por ter agravado o risco.

Uma cláusula comum nos contratos de seguros de veículos deve ter a atenção dos consumidores: trata-se da cláusula de perda de direito à indenização devido ao agravamento intencional do risco pelo segurado. Assim, por exemplo, o segurado que, na pressa, ao invés de parar o carro e esperar o escoamento natural da água da chuva, resolve arriscar passando com o carro por áreas alagadas e danificar o veículo, pode ter negada a indenização.

Algumas seguradoras têm a cláusula para Higienização do veículo em caso de alagamento que pode ser contratada (com limite de indenização), onde em casos que o dano não ultrapasse o valor da franquia pode ser realizado o serviço.

Alagamento

Pode parecer absurdo, mas essa é a recomendação tanto das seguradoras quando de especialistas aos motoristas que tiverem seus carros atingidos por alagamentos. Rubens Venosa, engenheiro mecânico, alerta que o veículo deve ser desligado assim que a água atinge o assoalho. Caso contrário, ela entrará pelos filtros de ar e afetará o motor, comprometendo as partes internas do carro o chamado calço hidráulico. "Dependendo da altura em que a água está, até a onda que o caminhão faz quando passa ao seu lado é perigosa", completa.

Marcel Baloni, corretor de seguros, dá a mesma orientação aos seus clientes. "Algumas seguradoras têm restrições, mas a maioria das empresas com as quais trabalho cobre prejuízos por enchente, desde que o motorista desligue o carro e não fique insistindo em dar partida", afirma. Ele ainda acrescenta que, como a cobertura de cada seguradora varia, o ideal é ficar atento às condições gerais do contrato ou consultar o corretor.

A viabilidade da recuperação de um carro atingido pela enchente depende do valor do veículo, da existência de seguro e do alcance dos danos. O motor não é a única parte do carro que pode ser comprometida pela água. O conserto da mecânica é simples, porque envolve apenas a limpeza de peças e a troca de lubrificantes. O problema maior ocorre quando a parte eletrônica é atingida, pois isso pode significar a perda do módulo eletrônico, que, em alguns carros, pode custar mais de 20 mil reais.

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