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Executivos deixam Fator Seguradora rumo ao Pactual

Fonte: Valor Econômico

A saída de André Gregori da presidência da Fator Seguradora, do banco de mesmo nome, com mais sete profissionais da casa, foi o assunto do dia ontem no mercado de seguros, especialmente entre as seguradoras de garantia, principal área de atuação do Fator. Com apenas três anos de existência, a seguradora já responde por um terço da receita do banco e Gregori era considerado uma estrela dentro do time do banco.

Ao que tudo indica, Gregori e equipe estão a caminho do BTG Pactual, interessado na área de seguros. O executivo não comentou nem mesmo dentro do Fator qual será seu destino, mas sabe-se que a proposta que recebeu foi elevada. Pouco tempo atrás, o Pactual teria feito uma oferta pela seguradora do Fator, que se recusou a vendê-la de olho em uma futura abertura de capital da operação (IPO, na sigla em inglês). Procurado, o Pactual disse que não iria comentar, mas não negou a informação.

Além de Gregori, Thiago Moura, que tocava a diretoria comercial da seguradora, também saiu da companhia. O Fator confirma a saída dos dois executivos e de mais cinco funcionários. Venilton Tadini, presidente do Banco Fator, assume interinamente a gestão da seguradora, apoiado por outros dois diretores da companhia que permanecem: Nicolas Di Salvo, diretor administrativo, e Stephan Vieira, diretor técnico. Segundo a assessoria de imprensa do Fator, a companhia já está em negociação com um executivo do mercado para ocupar a cadeira de Gregori.

Os executivos do setor ficaram sabendo da notícia no começo da noite dessa segunda-feira, quando, num intervalo de menos de uma hora, clientes e corretores receberam e-mails de Gregori, Thiago e Marcio Lossurdo, superintendente técnico, anunciando que estavam deixando a seguradora e passando seus contatos pessoais. A interlocutores, Gregori disse que, por enquanto, não poderia revelar o seu destino, e que isso deve levar um tempo para ser anunciado.

Ao que tudo indica, o negócio fechado pelos executivos da seguradora do Fator foi bastante rápido, já que há uma semana eles estavam ativamente disputando os seguros de garantia de performance dos aeroportos de Guarulhos e Brasília.

A seguradora do Fator despontou no mercado justamente por sua competitividade. Em apenas três anos de operação, angariou a vice-liderança do mercado de seguro garantia brasileiro, atrás apenas da já consolidada J. Malucelli.

Em 2011, a operação de seguros respondeu por um terço das receitas do grupo Fator, que inclui ainda o banco, a administradora de recursos e a corretora de valores. Isso foi influenciado, principalmente, pelo fato de a corretora do grupo ter apresentado um resultado bastante ruim no ano passado. Em 2010, a seguradora respondia por um quarto das receitas do grupo, percentual que o Fator considera adequado e deve trabalhar este ano para atingi-lo.

Tido até pouco tempo atrás como o patinho feio do mercado financeiro, o setor de seguros vem ganhando mais destaque diante do crescimento de dois dígitos nos últimos anos, além da perspectiva de um avanço ainda mais acelerado na cola das obras de infraestrutura e da classe média emergente.

De olho nisso, investidores como as gestoras Vinci Partners e a Plural Investimentos investiram nesse mercado. A Vinci abriu há um ano duas companhias no ramo: a seguradora e a resseguradora Austral. A Plural, junto com o IFC, braço do Banco Mundial, criaram a resseguradora Terra Brasis, que aguarda a autorização da Susep) para começar a operar. (Colaborou Felipe Marques)

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