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Clube dos "espertos"

Fonte: Correio Braziliense

A criatividade do brasileiro não tem limites. Ele acaba de inventar uma variação sobre o tema "seguro automobilístico", um novo tipo de "empresa", que pode ser chamada de cooperativa, associação ou clube. Seu objetivo é o mesmo das seguradoras: garantir o sono do proprietário do automóvel no caso de um acidente.

A primeira diferença entre essa nova "entidade" e a seguradora tradicional é que o valor pago pelo "cooperado" (ou associado) não é fixo nem anual, mas mensal. A entidade calcula o total das despesas com reparos nos automóveis acidentados e o rateia entre os "sócios". O argumento para atrair participantes é o custo inferior ao de um seguro tradicional.

A segunda diferença entre as duas é que a cooperativa dissimula sua condição de seguradora e não se enquadra nem respeita nenhuma exigência da Susep, órgão que estabelece as normas e fiscaliza o setor.

A terceira diferença é quando o segurado bate na porta da empresa depois de sofrer um acidente. Algumas seguradoras tradicionais podem não operar como um relógio suíço e demorar a autorizar o serviço ou tentar reduzir um custo daqui, outro dali. Mas, via de regra, funcionam.

As cooperativas trabalham aos trancos e barrancos, encaminham os carros para oficinas de qualidade duvidosa, apelam para qualquer trambique para reduzir custos e sua operação tem legalidade questionada. Em muitas delas, quando o segurado bate à porta para solicitar assistência, não aparece ninguém para abri-la, pois a cooperativa já encerrou suas atividades e sumiu com o dinheiro de todos.

A polícia está de olho nelas, mas sempre se recomenda cautela nessa "economia", que pode custar muito caro no final das contas.

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