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Cresce o mercado de seguro de equipamentos

Fonte: Cruzeiro do Sul - Sorocaba e Região

O seguro de um notebook de R$ 2 mil é de R$ 350 em média. Para um tablet avaliado em R$ 2,5 mil, o serviço custará, em média, R$ 450 ao ano

O mercado de seguro para notebooks, tablets e telefones celulares deve crescer nos próximos anos. Especialistas do setor revelam que a procura por esses serviços tem sido cada vez maior e deve ficar ainda mais intensa com a popularização dos aparelhos portáteis. Os interessados, porém, devem ficar atentos às coberturas efetivamente oferecidas pelas seguradoras para esses eletrônicos.

Proprietário da Moura Multiseg e mentor do Clube dos Corretores de Seguros de Sorocaba e Região, Antônio Marcos de Moura afirma que a procura por esses seguros tem aumentado bastante nos últimos meses. A demanda, diz ele, vem principalmente por parte de pessoas que trabalham com os equipamentos. "São profissionais quase sempre com mais de 30 anos que teriam um grande prejuízo em ficar sem o notebook ou o smartphone", explica ele.

O cálculo do seguro é feito com base em três variáveis. O valor do serviço leva em conta o tipo de aparelho, o custo do mesmo e o índice de sinistros (roubos e furtos) registrados nos últimos meses. "É bastante semelhante ao cálculo do seguro para carro e o período de vigência é de um ano", comenta o empresário. O seguro de um notebook avaliado em R$ 2 mil é de R$ 350 em média. Para um tablet avaliado em R$ 2,5 mil, o serviço custará, em média, R$ 450 ao ano.

Concorrência e cobertura

Por enquanto, são, principalmente, as grandes seguradoras que trabalham com linhas para aparelhos portáteis. Para o diretor da Latuf Corretora de Seguros, Alexandre Latuf Filho, a tendência é que os preços desses serviços fiquem mais acessíveis com o acirramento da concorrência no setor. "À medida que forem vendidos mais aparelhos serão mais clientes em potencial e acho que as empresas vão olhar com mais atenção para esse nicho", avalia. Assim, ele acredita que as seguradoras menores em breve devem oferecer também os seguros para eletrônicos.

Sobre a cobertura efetivamente oferecida pelas empresas, o diretor da corretora de seguros explica que existem situações que normalmente não são atendidas pelo seguro. Destacando que a cobertura varia de acordo com o contrato firmado entre as partes, Alexandre comenta que, na maior parte dos casos, o seguro não cobre ocorrências de furto simples. "Se o aparelho simplesmente some, em qualquer situação, seja no aeroporto, no serviço, a seguradora normalmente não cobre", alerta. Segundo ele, na maioria dos casos, a cobertura atende furto qualificado e o roubo com violência.

Para se configurar o chamado furto qualificado é necessário que o ladrão tenha rompido algum obstáculo (arrombar uma porta ou quebrar uma janela, por exemplo) para ter acesso ao produto do furto. Apesar dessa definição, o furto feito em interiores de veículos também não são atendidos pelas seguradoras na maior parte das vezes. "Isso é chamado de risco excluído e o segurado não é ressarcido do prejuízo", comenta ele.

Questão de segurança

Para o consultor em Tecnologia da Informação (TI), Valdinei Castelan, a segurança de seus equipamentos é uma questão de extrema importância. A garantia estendida foi contratada do fabricante para seu smartphone, tablet e notebook. O último ainda conta com seguro feito com uma seguradora que se compromete a substituir o aparelho em caso de roubo e quebra. "Tenho ainda um software que apaga todas as informações do computador quando alguém tenta acessá-lo mais de dez vezes sem a senha correta", comenta.

"É uma forma de me proteger contra imprevistos. É uma coisa que eu recomendo, principalmente para quem depende dos equipamentos para o trabalho, como eu", diz. Castelan também é coordenador dos cursos de TI da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (Esamc). Adepto às novas tecnologias, este é o terceiro ano consecutivo que o professor e consultor contrata um seguro para seu computador.

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