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De lavanderias a eventos, há apólices para todos os riscos

Fonte Valor Econômico

Patrimônio Segurados têm sofisticado a cobertura para o segmento

De olho nos recentes arrastões ocorridos em restaurantes em São Paulo, a Porto Seguro criou o seguro empresarial bares e restaurantes. O produto cobre danos a pessoas dos funcionários dos estabelecimentos, roubo de bolsas, equipamentos e joias dos clientes. É um produto que tem cerca de dois anos no mercado, mas nos últimos seis meses tem sido mais contratado, afirma Luiz Pomarole, diretor-geral da seguradora.

Como a Porto Seguro, a maioria das seguradoras tem sofisticado a cobertura de seguros patrimoniais. O mercado de seguro empresarial chegou a R$ 1,58 bilhão em prêmios no ano passado, com um crescimento de 11% sobre 2010.

Quem não faz seguro empresarial deveria receber a visita de um corretor amanhã, define Marco Antônio Gonçalves, diretor da Bradesco Auto RE. É um seguro barato e protege o negócio do empreendedor. Se pegar fogo, acabou a receita, acabou o sonho e o emprego de todos os funcionários.

Otávio Bromatti, diretor da área patrimonial da Zurich, diz que os preços do seguro empresarial variam de acordo com o risco. Quanto mais protegida a empresa em relação ao risco, mais fácil fica para o empresário fazer o seguro, os preços ficam mais competitivos e as condições mais favoráveis, afirma.

A Liberty também trabalha com grandes riscos empresariais, que garantem danos de até R$ 120 milhões. Mas Luiz Carlos Paladino, superintendente de properties da companhia, conta que a aposta recente é em pequenos negócios, para apólices de até R$ 4 milhões. São 15 produtos diferenciados, para lavanderias, floriculturas, pet shops, entre outros. O custo médio desse produto é de R$ 900 por ano para o cliente, calcula.

O comum no seguro de responsabilidade civil empresarial é a cobertura que vai desde o prédio da empresa até a produção, diz Priscila Costa, presidente da comissão de responsabilidade civil da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg). As apólices cobrem também os produtos da indústria e o que ele pode causar a terceiros.

A BB Mapfre fez o seguro do Carnaval no Rio de Janeiro deste ano. Maurício Galian, diretor de massificados da companhia, diz que o seguro não foi feito por cada uma das escolas, mas pela Liga das Escolas de Samba para cobrir todo o evento. A apólice cobre desde o cancelamento do evento devido às condições climáticas até a responsabilidade civil dos funcionários, passando pelos objetos cenográficos, decoração, equipamentos e os valores arrecadados na bilheteria.

A maioria das seguradoras tem investido para sofisticar a cobertura de seguros patrimoniais

A Chubb é especialista nesse nicho. Tem uma divisão voltada para entretenimento, que faz apólices para eventos como feiras e micaretas. Criamos a divisão em 2001 e hoje somos reconhecidos mundialmente como centro de excelência em seguro de entretenimento, afirma Robert Hufnagel, diretor de ramos elementares da companhia. Esse é um mercado que está evoluindo e vai se expandir ainda mais pelos eventos esportivos que o Brasil irá realizar. Nos seguros para filmagens, por exemplo, a apólice cobre desde objetos de cena, terceiros, seguro de acidentes pessoais para os atores, seguro para os cenários.

Logo que criou a divisão, a Chubb fez o seguro do Rock in Rio. O seguro cobria todas as despesas do evento musical pela interrupção ou o cancelamento, fora a bilheteria, porque os valores arrecadados do público poderiam ser devolvidos. Além disso cobria gastos com cenário, reformas, segurança. A partir do Rock in Rio nós deslanchamos, afirma Juliana.

Nas feiras de negócios, as apólices cobrem dano material a terceiros, público, as estruturas montadas, o dono do espaço, o organizador do evento e cada estande também pode ser segurado. Segundo Hufnagel, a seguradora fecha cerca de 300 apólices por mês na divisão de entretenimento. Em 2011, havia 20 milhões de segurados.

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