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Estatização na Argentina dificulta venda de seguros

Fonte: Folha de São Paulo

A estatização da maior petrolífera da Argentina, a YPF, prejudicou a já complicada venda de seguros de comércio internacional no país.

"Já era difícil [conseguir um seguro contra quebra de contrato ou expropriação], agora ficou quase impossível", diz Keith Martin, diretor da Aon Risk Solutions.

Na Argentina, a empresa não vende apólices de longo prazo dessas categorias há três anos.

"O país teve outros casos de quebra de contratos e se recusa a pagar dez sentenças finais de arbitragem internacional. Esse é mais um evento que segue a linha política do governo. Só que mais agudo", afirma Martin.

A Aon publica anualmente um mapa de risco político no mundo. Nele, a Argentina é avaliada como um país de "alto risco".

A empresa considera que o pagamento das dívidas do país e o cumprimento das leis é incerto. Também vê problemas na possibilidade de interrupção da cadeia de suprimentos e na interferência política.

A Argentina só não deve figurar no patamar mais elevado do mapa de risco, ao lado da Venezuela, porque, por enquanto, não há indícios de violência política.

Segundo Martin, a percepção de risco do Brasil não deve aumentar devido às medidas argentinas.

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