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Brasil que ser quinto no setor de saúde

Fonte: DCI Online

A indústria brasileira de produtos médico-hospitalares tem como meta que o Brasil seja o quinto maior fabricante do mundo até 2020, atrás apenas de EUA, Japão, Alemanha e China. Antes disso, o setor planeja exportar US$ 1 bilhão até 2014, crescimento de 41% sobre os US$ 707 milhões exportados no ano passado. O faturamento no mercado interno então deve chegar a R$ 13 milhões, 32% maior do que o de 2011.

O País ocupa atualmente a sétima posição mundial, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), tendo movimentado R$ 9,8 bilhões no ano passado, alta de 17% sobre 2010.

Em 2011, as exportações cresceram 13% em relação às do ano anterior. Foi a primeira vez desde 2005 que as vendas ao mercado externo cresceram mais do que as importações, que tiveram alta de 11%, somando US$ 4,06 bilhões. Ainda assim, o Brasil precisa lidar com um déficit na balança de Saúde de US$ 3,3 bilhões.

"Aguardamos que ainda neste semestre ocorra o anúncio do governo de novas medidas de estímulo à produção local, entre elas, o uso da margem de preferência para produtos fabricados localmente", diz o presidente da Abimo, Franco Palamolla. Segundo ele, a indústria nacional tem condição de suprir 90% da demanda do Sistema Único de Saúde (SUS), mas hoje apenas 25% das vendas do setor são direcionadas à área governamental. Com o incentivo, o objetivo é dobrar esta parcela.

A entidade também reivindica a inclusão do segmento no Plano Brasil Maior, que determinou a desoneração da alíquota de 20% do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) patronal, substituída por taxação entre 1% a 2,5% do faturamento para as empresas dos 15 setores contemplados. "No nosso setor, uma alíquota de 1% é razoável", afirma Palamolla.

O deputado federal Tarcisio Perondi (PMDB/RS), presidente da Frente Parlamentar da Saúde, citou um industrial enfático: "Vamos ter que colocar motor e rodas nos nossos produtos", teria dito o empresário da saúde, criticando ironicamente o incentivo ao setor automotivo concedido pelo governo nesta segunda-feira.

Investimentos

Enquanto brigam por seu quinhão nos benefícios públicos à indústria, as grandes fabricantes nacionais de equipamentos médico-hospitalares já investem visando aumento de demanda no mercado interno e externo.

A Fanem, líder no mercado brasileiro de neonatologia, com 85% de participação, acaba de investir US$ 4 milhões em uma fábrica na Índia e já planeja nova unidade produtiva no Brasil, provavelmente para 2014. "Temos planos para uma fábrica nova, porque já estamos com o prédio atual [em Guarulhos (SP)] totalmente ocupado, devido ao crescimento da nossa linha neonatal", afirma o diretor-industrial Djalma Rodrigues.

A empresa produz atualmente 3 mil unidades ao mês, entre as linhas neonatal, de laboratório e de consumo, empregando cerca de 320 pessoas. Segundo Rodrigues, apenas no primeiro quadrimestre de 2012, as exportações da Fanem cresceram 13%, a linha de laboratório, 12%, e a média do mix de produtos, entre 8% e 9%.

"No ano passado, crescemos um pouco abaixo do mercado de saúde, mas nos sentimos confortáveis porque o grande programa materno-infantil do mercado interno ainda não aconteceu", diz o empresário, referindo-se ao Projeto Cegonha, do governo federal. Com ele, a empresa espera obter crescimento mínimo de 10% em suas vendas na linha neonatal. O setor público é responsável por até 80% do faturamento da empresa no mercado interno.

Já a WEM, líder em bisturis eletrocirúrgicos, com 70% do mercado nacional, investiu R$ 6 milhões para dobrar sua capacidade produtiva a partir de junho deste ano, visando aumento nas exportações ao mercado norte-americano. Com duas fábricas em Ribeirão Preto (SP), a empresa obtém 20% do faturamento das exportações, tendo EUA e China como maiores compradores.

"Se o dólar se mantiver de R$ 1,90 pra cima, pretendemos crescer no mercado nacional em torno de 15% em 2012, e no mercado externo, até 35%", diz o diretor de Marketing Edson Vieira. O setor público é responsável por 45% das vendas nacionais. "Pode chegar a 55%, quando o governo adotar políticas de preferência."

A Lifemed, fabricante de tecnologias de infusão e produtos de uso único para cirurgia, planeja entrar nas áreas de anestesia, ventiladores pulmonares, desfibriladores e neonatologia. "Estamos ampliando nosso leque para outras áreas de produção", diz o diretor comercial Carlos Passos. A empresa, que tem o BNDES como principal acionista, investiu em 2011 na construção de um novo parque fabril em Pelotas (RS).

SÃO PAULO

A indústria brasileira de produtos médico-hospitalares tem como meta que o Brasil seja o quinto maior fabricante do mundo até 2020, atrás apenas de EUA, Japão, Alemanha e China. Antes disso, o setor planeja exportar US$ 1 bilhão até 2014, crescimento de 41% sobre os US$ 707 milhões exportados no ano passado. O faturamento no mercado interno então deve chegar a R$ 13 milhões, 32% maior do que o de 2011.

O País ocupa atualmente a sétima posição mundial, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), tendo movimentado R$ 9,8 bilhões no ano passado, alta de 17% sobre 2010.

Em 2011, as exportações cresceram 13% em relação às do ano anterior. Foi a primeira vez desde 2005 que as vendas ao mercado externo cresceram mais do que as importações, que tiveram alta de 11%, somando US$ 4,06 bilhões. Ainda assim, o Brasil precisa lidar com um déficit na balança de Saúde de US$ 3,3 bilhões.

"Aguardamos que ainda neste semestre ocorra o anúncio do governo de novas medidas de estímulo à produção local, entre elas, o uso da margem de preferência para produtos fabricados localmente", diz o presidente da Abimo, Franco Palamolla. Segundo ele, a indústria nacional tem condição de suprir 90% da demanda do Sistema Único de Saúde (SUS), mas hoje apenas 25% das vendas do setor são direcionadas à área governamental. Com o incentivo, o objetivo é dobrar esta parcela.

A entidade também reivindica a inclusão do segmento no Plano Brasil Maior, que determinou a desoneração da alíquota de 20% do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) patronal, substituída por taxação entre 1% a 2,5% do faturamento para as empresas dos 15 setores contemplados. "No nosso setor, uma alíquota de 1% é razoável", afirma Palamolla.

O deputado federal Tarcisio Perondi (PMDB/RS), presidente da Frente Parlamentar da Saúde, citou um industrial enfático: "Vamos ter que colocar motor e rodas nos nossos produtos", teria dito o empresário da saúde, criticando ironicamente o incentivo ao setor automotivo concedido pelo governo nesta segunda-feira.

Investimentos

Enquanto brigam por seu quinhão nos benefícios públicos à indústria, as grandes fabricantes nacionais de equipamentos médico-hospitalares já investem visando aumento de demanda no mercado interno e externo.

A Fanem, líder no mercado brasileiro de neonatologia, com 85% de participação, acaba de investir US$ 4 milhões em uma fábrica na Índia e já planeja nova unidade produtiva no Brasil, provavelmente para 2014. "Temos planos para uma fábrica nova, porque já estamos com o prédio atual [em Guarulhos (SP)] totalmente ocupado, devido ao crescimento da nossa linha neonatal", afirma o diretor-industrial Djalma Rodrigues.

A empresa produz atualmente 3 mil unidades ao mês, entre as linhas neonatal, de laboratório e de consumo, empregando cerca de 320 pessoas. Segundo Rodrigues, apenas no primeiro quadrimestre de 2012, as exportações da Fanem cresceram 13%, a linha de laboratório, 12%, e a média do mix de produtos, entre 8% e 9%.

"No ano passado, crescemos um pouco abaixo do mercado de saúde, mas nos sentimos confortáveis porque o grande programa materno-infantil do mercado interno ainda não aconteceu", diz o empresário, referindo-se ao Projeto Cegonha, do governo federal. Com ele, a empresa espera obter crescimento mínimo de 10% em suas vendas na linha neonatal. O setor público é responsável por até 80% do faturamento da empresa no mercado interno.

Já a WEM, líder em bisturis eletrocirúrgicos, com 70% do mercado nacional, investiu R$ 6 milhões para dobrar sua capacidade produtiva a partir de junho deste ano, visando aumento nas exportações ao mercado norte-americano. Com duas fábricas em Ribeirão Preto (SP), a empresa obtém 20% do faturamento das exportações, tendo EUA e China como maiores compradores.

"Se o dólar se mantiver de R$ 1,90 pra cima, pretendemos crescer no mercado nacional em torno de 15% em 2012, e no mercado externo, até 35%", diz o diretor de Marketing Edson Vieira. O setor público é responsável por 45% das vendas nacionais. "Pode chegar a 55%, quando o governo adotar políticas de preferência."

A Lifemed, fabricante de tecnologias de infusão e produtos de uso único para cirurgia, planeja entrar nas áreas de anestesia, ventiladores pulmonares, desfibriladores e neonatologia. "Estamos ampliando nosso leque para outras áreas de produção", diz o diretor comercial Carlos Passos. A empresa, que tem o BNDES como principal acionista, investiu em 2011 na construção de um novo parque fabril em Pelotas (RS).

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