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Previdência Privada: Planos querem dobrar patrimônio

Fonte: Correio do Povo - PR

O número de participantes de planos de previdência privada aberta cresceu 334% de 2005 a 2011. O aumento foi determinante para o Brasil chegar aos R$ 500 bilhões em patrimônio administrado, valor atingido no início deste ano. A intenção das empresas, de acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), é dobrar o valor administrado até 2019, chegando à marca de R$ 1 trilhão.

Mesmo assim, o desafio é grande, pois os planos ainda são restritos a uma pequena parcela da população. Estima-se que apenas 3% da população economicamente ativa seja beneficiada ou invista em planos de previdência privada, mesmo patamar atingido pelos planos fechados dos fundos de pensão. O Brasil tem uma grande possibilidade de expansão, mas é preciso apresentar estes planos para a população , defende o superintendente-geral da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Devanir Silva, que participou ontem do 4º Encontro de Previdência Complementar, realizado em Curitiba.

Silva acredita que a educação financeira do brasileiro ainda é muito restrita e que o endividamento impede a maior parcela da população de cultivar o hábito da poupança. De acordo com José Luiz Rauen, presidente da Associação dos Fundos de Pensão do Paraná (Previpar), a falta de educação financeira e previdenciária é um dos principais entraves para uma maior penetração dos planos à população. A previdência privada é uma oportunidade para que o cidadão tenha uma aposentadoria mais digna, com a garantia de que ele receba pelo o que ele empenha diretamente , explica.

Rauen, no entanto, admite que o crescimento da previdência privada aberta é expressivo, principalmente frente aos planos fechados. No mesmo período em que os planos de previdência privada aberta cresceram quatro vezes, os fundos de pensão tiveram 20% de aumento no número de participantes. Os fundos dependem, fundamentalmente, da parceria com as empresas que subsidiem parte dos seus planos , justifica Rauen. Outra diferença fica por conta do apelo publicitário por parte dos bancos junto aos seus clientes, alega.

Os fundos de pensão, apesar de moderado crescimento, também vislumbram a possibilidade de captação de mais capital no futuro, desvencilhando-se da dependência das estatais. Ao contrário do que se pensa, 70% dos fundos são patrocinados por empresas privadas , detalha o presidente da Previpar.

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