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Seguro popular: a sirene está acessa?

Fonte: O Povo - CE

Helder Molina
Presidente da Mongeral Aegon

A ascensão da classe C, nos últimos anos, é notória. Com o aumento médio da renda (dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostram que a renda em 2009 era R$ 634,12 ante R$ 495,12 em 2004), essa parcela da população conquistou patamares até então não disponíveis, como abertura de conta corrente em banco, crédito fácil e acesso a uma diversidade abundante de produtos e serviços.

Esse cenário está cada dia mais pujante. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílio (Pnad), entre 2010 e 2011, 3,6 milhões de pessoas migraram para a chamada classe C. O que isso significa? Que o mundo dos serviços, em especial, deve ligar a sirene de alerta para adaptar seus produtos e garantir uma oferta que atenda com excelência as exigências desse novo mercado.

O "inchaço" da classe C é um fenômeno crescente desde 1992, mas sua expansão acontece de maneira mais acentuada desde 2001. E esse público não está só atento ao celular moderno, com tecnologia de ponta, que acaba de ser lançado. Ele quer, também, garantir que o seu futuro e o de suas famílias estejam seguros nos médio e longo prazos.

Exatamente nesse contexto que, há pouco mais de um mês, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) divulgou a Resolução nº 244/2011, que regulamenta o setor do microsseguro. Trata-se de uma modalidade de seguros diferenciada, com modelos específicos de precificação, taxas baixas de administração e parcelas acessíveis ao perfil desse consumidor. É um novo produto para um novo mercado, dentro de uma nova realidade.

São infinitas as possibilidades associadas ao emergente setor de microsseguros. A mais valiosa delas é que o serviço representa um fator de estímulo à estabilidade financeira e, até mesmo, emocional da população de baixa renda. Ao mesmo tempo em que o trabalhador adquire acesso ao crédito e tem elevado seu poder de compra, o microsseguro surge como um elemento de proteção dessas conquistas.

Esse novo consumidor da nova classe C passou a demandar mais esses serviços e consegue, hoje, gerenciar melhor os riscos que poderiam impactar sua vida social. A estabilidade da sua família, nesse cenário, conta muito mais do que o smartphone da moda. O mercado é promissor, basta que as empresas permaneçam atentas à sirene e ofereçam produtos e serviços de forma adequada ao seu público-alvo, o que não quer dizer somente produtos a preços baixos.

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