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O papel da saúde suplementar

Fonte; Brasil Econômico

José Cechin Diretor executivo da FenaSaúde e ex-ministro da Previdência

As operadoras de planos de saúde atuam no setor de grande responsabilidade social. Atualmente, mais de 47,6 milhões de vidas estão sob os cuidados dessas empresas, o que corresponde a cerca de 25% da população brasileira.

Na última década, observou-se crescimento no número de beneficiários, incentivado pelo aquecimento da economia e pela adesão de pequenas e médias empresas, que cada vez mais oferecem o benefício como forma de atrair e reter talentos. Com o aumento da carteira de beneficiários, cresce o número de consultas, exames e internações. Entre as 15 maiores operadoras associadas à FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), as despesas assistenciais ultrapassaram R$ 25 bilhões em 2011. Foram mais de 110 milhões de atendimentos com médicos, dentistas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais de saúde. Esses atendimentos geraram mais de 172 milhões de exames complementares, sendo quase 3,5 milhões de procedimentos de alta complexidade, como ressonância nuclear magnética e densitometria óssea. O número de internações também é substancial, com mais de 1,5 milhão de registros.

Algumas operadoras têm feito um forte investimento em rede própria e os pagamentos por elas realizados aos hospitais da rede privada contratada são fontes essenciais de receita. Nos 45 dos mais importantes hospitais do Brasil, associados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), mais de 90% das receitas vêm dos planos de saúde. Outro setor que se beneficia com o desenvolvimento do mercado é o da indústria de equipamentos hospitalares e odontológicos, que faturou quase R$ 10 bilhões em 2011.

As operadoras também contribuem para a formação da poupança interna, por meio das provisões técnicas, destinadas a garantir a capacidade de arcar comos compromissos assistenciais. Usando como referência apenas os 23,5 milhões de vidas vinculadas à FenaSaúde, o montante das provisões chega a R$ 7,9 milhões, adicionando-se à poupança nacional, que colabora no financiamento de projetos de desenvolvimento econômico e social do país. Mas não são apenas esses números que demonstramo compromisso do setor com os beneficiários e a sociedade. Os programas de incentivo à adoção de hábitos saudáveis são cada vez mais valorizados e contribuempara a melhoria da qualidade de vida de umapopulação que envelhece rapidamente.Damesma forma, os programas de acompanhamento de doentes crônicos desempenham um papel muito importante nesse cenário de promoção da saúde. E esse novo paradigma, que entende que o cuidado com o beneficiário começa quando ele ainda está saudável, pode colaborar para reduzir o ritmo da tendência de aumento dos custos assistenciais, que tendem a subir mais rapidamente do que as receitas.

O setor está fazendo a sua parte, mas ainda há desafios. Entre eles, o de ampliar o acesso da classe C à saúde suplementar. Pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess), de 2011, indica que ter um plano de saúde é o maior sonho de consumo desses brasileiros, depois do sonho da casa própria, reforçando a confiança que seguimos no caminho certo.

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