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Segurador sugere alargar prazos de pagamento

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Diretor da Bradesco, Marco Antonio Gonçalves diz que há seis anos 24% dos produtos massificados eram de classes de menor poder aquisitivo; hoje, a parcela é de 40%

O mercado deveria oferecer aos consumidores a possibilidade de dilatação do prazo de pagamento do seguro de automóvel tornando o produto mais acessível a um número maior de consumidores, segundo avalia o diretor-gerente da Bradesco Auto/RE, Marco Antonio Gonçalves, para quem a medida, mais do que uma tendência, surge no cenário atual como "uma necessidade" para as seguradoras.

Segundo Marco Antonio Gonçalves, a opção de pagar o seguro em até 12 mensalidades, por exemplo, atrairia boa parcela da sociedade, principalmente a ascendente classe C. "Precisamos de escala, de mais vendas e, para isso, é preciso atingir as classes de menor poder aquisitivo", destacou o executivo em palestra realizada nesta quinta-feira, no Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CSS-RJ).

Ao falar sobre as margens de rentabilidade das empresas do setor, sem se aprofundar no assunto, que é polêmico, o diretor da Bradesco Auto/RE admitiu que a revisão das margens pode ser um passo importante em um momento no qual as taxas de juros caem, afetando os ganhos financeiros das seguradoras, e o mercado precisa obter resultados operacionais maiores.

Ele citou pesquisas que apontam um equilíbrio maior na ponta do consumo. Segundo esses levantamentos, atualmente, 40% dos seguros massificados são contratados por pessoas das classes de menor poder aquisitivo. Há seis anos, essa parcela era de apenas 24%.

Venda eletrônica

Marco Antonio Gonçalves entende que as seguradoras sequer começaram a "arranhar" o potencial de consumo oferecido da classe C. "Precisamos buscar novas ferramentas para atingir esse público. Creio que uma das principais delas é a venda online, realizada por corretores. Esse é o futuro", sugeriu. Segundo o executivo, no mercado norte-americano a participação dos meios remotos (online) na comercialização de seguros de automóvel aumentou de 7%, em 2003, para atuais 28%, "com tendência clara de alta". Nesse contexto, ele assinalou que é preciso aumentar o número de corretores de seguros em atividade no mercado brasileiro.

Nos Estados Unidos, disse ele, existem cerca de 600 mil corretores e agentes atuando regularmente. No Brasil, esse número não chega a 100 mil. "Na prática, existem poucos profissionais diante da necessidade de atingirmos novos públicos, em todo o território nacional", concluiu o executivo.

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