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Seguro para eventos deve crescer 30% ao ano até a Olimpíada

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Comum em grandes certames, produto já está ao alcance de pequenos e médios promotores, os mais expostos a riscos, pois um sinistro pode levá-los à falência

O mercado brasileiro ainda tem muito espaço para avançar em um nicho de mercado que só agora vem atraindo a atenção de seguradoras e corretoras. Trata-se do seguro para eventos de todos os portes, carteira que, em 2011, movimentou receita de prêmios da ordem R$ 50 milhões, um valor ainda pouco representativo, de apenas 0,05%, no faturamento total do setor.

Segundo especialistas, essa participação está muito abaixo da alcançada pelas seguradoras no mercado internacional. O quadro brasileiro, contudo, tende a mudar nos próximos anos, não somente pela realização de grandes eventos esportivos previstos para acontecer no País, mas também pelo aculturamento tanto de promotores de eventos quanto de patrocinadores. "Essa carteira deverá crescer mais de 30% ao ano até a realização da Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016", projeta a gestora da área de prática de esportes e entretenimento da Marsh Corretora de Seguros, Dulce Thompson, considerada uma das maiores especialistas em seguro de eventos no País.

Ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei, ela testemunhou, primeiro nas quadras, depois como executiva, a crescente inserção do seguro como ferramenta indispensável para a realização de grandes eventos esportivos. Até chegar o momento em que nenhuma grande competição foi realizada sem que houvesse a garantia de uma apólice ou de um pacote de coberturas.

Hoje, essa é também a realidade para eventos de qualquer porte no exterior, cenário que começa a predominar também no Brasil. "O seguro de eventos protege desde o orçamento do organizador até a vida do público e dos atletas, passando pela instalação de equipamentos, cancelamento ou adiamento. É também uma garantia para os patrocinadores", diz.

Foco nos pequenos

A executiva acrescenta que outro atrativo desse tipo de seguro é a possibilidade de contratação por todos os segmentos do segmento. Em Salvador (BA), por exemplo, a grande maioria dos blocos e trios elétricos já não desfila sem a proteção de uma apólice, pagando um pequeno valor pelo prêmio.

Essa situação é mais clara no caso das exposições e feiras de negócios, que vêm se multiplicando por todo o Brasil. Em São Paulo, por exemplo, a média é a de um evento realizado a cada seis minutos.

Dulce Thompson explica que esse tipo de cobertura pode ser até mais interessante para promotores e patrocinadores de pequenos e médios eventos do que para os de grande porte. Isso porque, segundo ela, o prejuízo pode representar a falência para aqueles, enquanto as multinacionais do setor ou absorvem as perdas ou contam com suas apólices mundiais. "A sinistralidade é alta e vem crescendo. Então, todo o cuidado é pouco", alerta a especialista.

A Marsh, prossegue ela, aposta todas as fichas nesse segmento, contando, para isso, com a expertise de sua equipe mundial. A meta da corretora é ter um market share de 60% nessa carteira nos próximos anos.

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