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Venda de seguro reforça receita da Marisa

Fonte; Valor Econômico

Varejo Faturamento com oferta de apólices passou R$ 2 milhões para cerca de R$ 70 milhões em 5 anos

Felipe Marques

Foi pensando em um dos acessórios mais indispensáveis da vida feminina que a rede varejista Marisa criou um dos principais produtos de seguros vendido em suas lojas. O Bolsa Protegida, como próprio nome já sugere, a apólice cobre perda ou roubo da onipresente bolsa de mulher (e de seu conteúdo) com uma quantia fixa. Cerca de 14% da base de clientes da varejista tem a cobertura, que vende algo em torno de 300 mil apólices por mês.

Bolsa protegida, Compra Tranquila, Carro e Lar e Família Plus são nomes de algumas coberturas que integram o portfólio de seguros da Marisa, incluindo produtos de vida, prestamista (que salda as dívidas em caso de acidente ou morte do tomador de crédito) e assistências odontológicas.

O faturamento de seguros e assistências da Marisa fechou o ano passado entre R$ 70 milhões e R$ 75 milhões. Há cerca de cinco anos, esse valor era de R$ 2 milhões, conta Arquimedes Salles, diretor de produtos e serviços financeiros da Marisa, no seminário Futuro do Seguro Massificado, realizado pelo Valor ontem.

O braço de produtos e serviços financeiros da varejista, que inclui outras operações além de seguros (como cartões), representou 34% do resultado da empresa em 2011, que teve lucro de R$ 177,5 milhões no ano.

O caso da Marisa é um exemplo prático das conclusões de um estudo da KPMG, apresentado no evento, sobre os canais de venda de seguros massificados no Brasil. A consultoria avalia que, apesar de o seguro massificado implicar em um formato mais simples e padronizado para facilitar os ganhos de escala, é preciso de uma abordagem mais sob medida na hora de escolher o canal de comercialização dos produtos.

Há uma massa de brasileiros ficando pronta para comprar seguros. Por isso, escolher canais certos para chegar nesse consumidor é fundamental, afirma Wagner Amaral Carvalho, diretor da KPMG para seguros e previdência. O desafio para os seguros massificados é o equilíbrio entre os custos de distribuição e o tíquete médio do produto, avalia. No estudo da consultoria, o call center é apontado como um canal de venda de seguros que necessita otimizar os custos para ficar competitivo.

Carvalho também acredita que o microsseguro, modalidade de seguro de baixo tíquete em geral com finalidade social, deve representar um passo importante em seguros massificados. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) deve publicar em breve as circulares que regulamentam a modalidade, incluindo venda eletrônica e feitas por correspondentes bancários.

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