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Classe C impulsiona consumo de seguros de automóveis

Fonte: Folha de Londrina

Grupo consumiu 41,3% das ofertas deste tipo de produto no País, segundo Serasa Experian O crescimento na venda de carros novos e seminovos entre os consumidores da classe C nos últimos três anos está movimentando positivamente o mercado nacional de seguros de automóveis. De acordo com um levantamento do Serasa Experian, os brasileiros pertencentes a este grupo social consumiram 41,3% das ofertas deste tipo de produto no País no ano passado. Em 2008, o número girava em torno de 29,1%, o que representa um crescimento 41,9% no período.

Para confirmar se as vendas estão realmente aquecidas para esta classe social, a reportagem da FOLHA entrou em contato com as principais seguradoras do País com representação em Londrina. No geral, todas elas acreditam que realmente a comercialização de seguros cresceu substancialmente, com expectativa de elevação de pelo menos 10% em 2012.

O gerente da Mapfre seguros na cidade, Fábio Greco, comenta que o aumento da demanda está diretamente ligado com o ''boom'' na venda de automóveis. Ele explica que a facilidade para financiamentos dos veículos acaba fazendo com que o número de clientes de seguros suba naturalmente. ''Se fosse fatiar (as vendas) por classes sociais, certamente a C acabou consumindo mais seguros que a A e a B nos últimos dois anos.''

Greco relata que a procura é maior para carros que custam entre R$ 20 mil e R$ 50 mil - tanto novos como seminovos - e que neste primeiro semestre conseguiu bater as metas estipuladas pela empresa. ''Crescemos mais em 2010 do que em 2011. Mas neste ano a procura voltou a ficar interessante. A nossa maior demanda é para carros de pequeno e médio porte'', avalia ele.

Em geral, as seguradoras apontam que o cliente da classe C busca apólices que custem em torno de R$ 700 a R$ 1.200. Porém, outro gerente de uma grande seguradora do País, que preferiu não se identificar, ressalta que este consumidor ainda acha caro os valores do serviço. ''O problema é que muitos bancos acabam vendendo seguros 'goela abaixo' para este perfil de consumidor. Geralmente, estes produtos são mais baratos e não cobrem algumas situações importantes. Falta mais transparência dos corretores antes de fechar o negócio.''

Outro fator que algumas vezes pode aumentar o preço do seguro e inibir os possíveis clientes da classe C são as restrições cadastrais. O gerente explica que aqueles que não ''possuem bom score no mercado financeiro'' acabam pagando mais caro para proteger seu veículo.

De qualquer forma, o gerente acredita que será possível incrementar as vendas em pelo menos 20% neste ano. ''O mercado brasileiro de seguros tem um potencial de crescimento enorme. O que falta é uma maior divulgação do setor, para que comece a fazer parte da cultura do brasileiro, como acontece nos Estados Unidos. Só assim os serviços vão acabar barateando.'' Roubos

Outro fator que acaba auxiliando no aumento da procura por seguros é o alto índice de roubos. De acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Complementar e Capitalização (CNSeg), entre e janeiro e março deste ano mais de 107 mil automóveis e motocicletas foram roubados ou furtados em todo o Brasil.

Victor Lopes
Reportagem Local

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