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BB-Mapfre não vai reduzir preços de seguros de auto para conquistar mercado

Fonte: Valor Econômico

Por Carolina Oms | De São Paulo

Apesar de ter crescido abaixo da média do mercado no segmento de seguro de automóveis no primeiro semestre, o grupo BB-Mapfre não pretende mudar sua estratégia de preços para crescer.

A receita (prêmios) com seguro de automóveis do BB-Mapfre cresceu 5,1% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. O mercado cresceu 13% nesse período, segundo a Siscorp, com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Ainda assim, o BB-Mapfre manteve a vice-liderança no segmento em faturamento, com 15% do mercado, atrás da Porto Seguro, que tem 27%.

De acordo com Marcos Ferreira, presidente do grupo na área de auto, seguros gerais e massificados, a "defasagem no primeiro semestre" foi resultado do processo de integração societária que agora está "praticamente concluído". "Estamos com todas as condições para recuperar posição e crescer como o mercado no segmento de automóveis", disse. A estratégia para essa recuperação, no entanto, não passa por uma agressiva política de preços, mas pela utilização dos canais de distribuição do Banco do Brasil e da Mapfre.

No ano passado, o segmento de automóveis sofreu com algumas seguradoras jogando os preços para baixo para ganhar participação de mercado, o que pressionou os preços. Isso afetou o resultado das companhias e a expectativa era que houvesse uma recomposição dos preços neste ano, o que não ocorreu na velocidade esperada.

A BB-Mapfre não acompanhou a "guerra de preços". "E, também por esse motivo, nosso índice de sinistralidade [relação entre receita e indenizações pagas] é menor que a média do mercado", disse Ferreira. Para o segundo semestre, ele avalia que os indicadores de sinistralidade do mercado sugerem uma recomposição de preço.

O lucro líquido do grupo BB-Mapfre cresceu 14% no primeiro semestre, para R$ 400 milhões, segundo dados divulgados ontem. A receita (volume de prêmios) cresceu R$ 700 milhões, enquanto a sinistralidade ficou em 53,5%.

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