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Pequenas empresas sustentam crescimento na Saúde Suplementar


Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Fraco desempenho industrial não preocupa Fenasaúde, que aposta no comércio e nos serviços, segmentos em que as taxas de empregos continuam ascendentes

As pequenas e médias empresas (PMEs) são, hoje, o principal canal de acesso da nova classe média ao mercado de saúde suplementar, na avaliação do diretor-executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), José Cechin, para quem as operadoras devem ficar atentas a essa nova janela de oportunidade. “Os planos de saúde estão sendo cada vez mais utilizados pelas pequenas e médias empresas
brasileiras como instrumento para atrair ou reter bons profissionais”, sustenta o executivo.

O nicho das PMEs é, inclusive, na análise de José Cechin, o responsável pelo crescimento do setor nos últimos oito anos. Frente a 2010, o ano passado, por exemplo, segundo ele, fechou com expansão de 11%,
com a receita do mercado de saúde suplementar atingindo R$ 84,1 bilhões, incluindo a assistência odontológica. Já o número de beneficiários deu salto de 8%. “Este ano, devemos obter crescimento igual ao de 2011 e as pequenas e médias empresas terão papel decisivo nessa evolução”, prevê o executivo.

De acordo com Cechin, as indenizações (despesas médico-hospitalares) somaram R$ 67,4 bilhões no ano passado, o que representou o pagamento médio diário de R$ 184,6 milhões no amparo ao bem-estar físico dos usuários de planos e seguro de saúde ou ainda de R$ 7,7 milhões a cada hora. Em relação a 2010, esse retorno ao usuário subiu 12,8%.

Pelos dados da Fenasaúde, 48 milhões de brasileiros, o equivalente a um terço da população, têm plano ou seguro de saúde e outros 17 milhões contam com assistência odontológica, segmento que evoluiu em média de 10% nos últimos dez anos. Otimista, José Cechin, que deu palestra no Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVGRJ), acredita que o cenário de crescimento no segmento da assistência médica será mantido por um bom tempo, uma vez que as taxas de emprego tendem a continuar em elevação, assim como a renda média do trabalhador brasileiro.

Serviços e comércio

Mesmo o fraco desempenho industrial brasileiro não é motivo de preocupação, pois, segundo o executivo, o setor gera menos empregos que outros setores da economia. Além disso, ele lembra que grande parte das indústrias já contratou plano de saúde para seus empregados. “Em contrapartida, há um crescimento acelerado das taxas de emprego no comércio e nos serviços, áreas onde predominam as pequenas e médias empresas, que usam a saúde suplementar para atrair ou reter bons profissionais”, relata.

Com relação aos recentes movimentos da classe médica, que reclama da baixa remuneração paga pela prestação de serviços de saúde, ele diz que as seguradoras e operadoras associadas à Fenasaúde concederam reajustes da ordem de 72% nos últimos seis anos. “Este índice é bem mais expressivo que o IPCA acumulado no período (42%) e também maior que o do reajuste das mensalidades dos planos de saúde (60%)”, compara José Cechin.

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