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Previdência privada cresce 7 vezes em 10 anos no País

Fonte: Folha de Londrina

eguradoras já conquistaram 11,1 milhões de clientes, o que representa 5,7% da população

O mercado de previdência privada no Brasil cresceu mais de 7 vezes em 10 anos, de 2001 a 2011, atingindo um total de R$ 53,5 bilhões. E continua a todo vapor em 2012. No primeiro semestre deste ano, o aumento foi de 32% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em números de vidas seguradas, o mercado cresceu 34% desde 2005, quando 7,7 milhões de brasileiros tinham plano de previdência privada. Hoje, são 11,1 milhões, ou 5,7% da população. Os números são da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

O participante de planos de previdência contribui durante um certo período acumulando recursos para sua aposentadoria. Esse dinheiro poderá ser convertido em renda vitalícia, temporária ou em pecúlio, ou seja, resgate em uma única vez.

Existem duas modalidades principais de planos de previdência. O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). O primeiro é indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, pois permite deduzir as contribuições (até 12% da renda bruta individual anual) do imposto a ser pago. Já o VGBL é mais adequado ao investidor que não declara imposto de renda pelo modelo completo.

Os planos também se dividem em conservadores e moderados e agressivos. Os primeiros são aqueles cujo rendimento só se dá em renda fixa, sendo portanto mais seguros. Nos moderados e agressivos, as seguradoras investem parte dos recursos em ações de empresas. Eles podem render mais ou menos que os primeiros, dependendo da sorte do investidor.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, alerta para os cuidados que o cidadão deve ter na hora de adquirir um plano de previdência privada. Um deles é checar as informações sobre a instituição que vende o produto. ''Para não correr risco de falência, a empresa escolhida deve ser sólida e especializada no setor'', afirma o superintendente da Susep, Luciano Portal Santana. Vale buscar informações sobre a seguradora nos órgãos de defesa do consumidor, na Susep (www.susep.gov.br) e no Banco Central.

Para saber com quanto deve contribuir, a pessoa deve se perguntar antes qual o valor que pretende receber e aí pedir para a seguradora fazer o cáculo. Quanto mais próximo da aposentadoria, maior será o valor da mensalidade. ''Normalmente, as institições estabelecem um mínimo de R$ 50 ou R$ 100'', diz o superintendente. Ele ressalta que o valor pode ser alterado para mais ou para menos sempre que o investidor quiser.

As seguradoras costumam cobrar três taxas do investidor. A taxa de carregamento é cobrada a cada contribuição, num valor que, segundo a Susep, vai de zero a 5%. Já a taxa de administração é paga uma vez ao ano e oscila entre 1,5% e 3,5%. Há também a taxa de saída que incide no momento de resgate dos valores ou na eventual transferência de recursos para outra seguradoras.

A ideia da previdência privada é garantir à pessoa um complemento de renda na aposentadoria. Mas não há empecilhos para quem quiser resgatar todo investimento antes do momento esperado. ''A única condição é que não infrinja o prazo de carência, que varia conforme a instituição. No PGBL, costuma ser de 60 dias ou até seis meses. No VGBL, normalmente é maior, podendo chegar a um ano'', informa.

Santana ressalta também que o poupador tem direito à portabilidade. Ou seja, pode levar sua conta para outra seguradora, caso encontre condições mais vantajosas.

Como em qualquer outro produto ou serviço, o consumidor precisa ler todo o contrato para saber se, por exemplo, sua família terá direito a receber o benifício caso ele morra. ''Infelizmente, no Brasil, as pessoas ainda não têm o hábito de levar para o advogado analisar o contrato antes de assinar. Isso evitaria muitos problemas'', declara.

Quanto mais cedo começar, melhor

Professor do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (Isae/FGV), Marco Antonio Cunha, lembra que o ideal é começar a contribuir bem cedo para a Previdência Privada. ''Uma pessoa que começa a pagar com 30 anos e vai se aposentar com 60 poderá ter uma boa renda com mensalidades de R$ 200 a R$ 300'', calcula.

Ele afirma, no entanto, que no início da vida profissional a pessoa tem ''demanda reprimida sob o aspecto do consumo''. ''Ela precisa comprar um carro uma moto, dificilmente vai pensar em previdência privada'', alega.

Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), dos 11,1 milhões de brasileiros com planos de previdência, 14,89% estão na faixa etária entre 18 e 30 anos. Já os de 30 e 40 anos são 25,77% do total. A faixa acima, entre 40 e 50 anos, participa com 23,08%. E, por último, os mais velhos (acima de 50 anos) são o maior contingente: 28,67%.

Já há no Brasil muitos pais querendo garantir o futuro dos filhos por meio da previdência privada. Os menores de 18 anos representam 7,58% dos poupadores, algo em torno de 840 mil brasileiros

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