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Seguradoras se preparam para um salto no mercado

Fonte Jornal do Commercio - RS

O marco regulatório dos microsseguros, publicado em junho no Diário Oficial da União, prepara o terreno para mais um salto do mercado que movimenta atualmente R$ 100 bilhões no País. Os rumos da nova modalidade permitem a expansão dos serviços para classes de consumidores antes não representadas no bolo e animam as empresas que já começam a enviar as primeiras solicitações de produtos à Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Na opinião do superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna, a oportunidade complementa um cenário capaz de manter os índices de crescimento do setor acima de 20%, pelo menos, nos próximos dois anos. Ele antecipa que sistemas de contratações à distância e mecanismos via celular e internet abrem um leque de possibilidades às seguradoras. “Isso significa que, em 2013, teremos um situação de mercado em expansão em direção ao segmento de baixa renda e as empresas que encabeçaram todo o processo de debates sobre a regulação da categoria se anteciparam e começam a apresentar seus produtos”, avalia o superintendente.

Entretanto, Santanna ressalva a necessidade de análises criteriosas das cláusulas dos contratos em fase de criação. Apesar da regulamentação vigente, ele acredita que o lançamento de novos planos deve ser concentrado apenas a partir do início do próximo ano. Como cada proposta tem de ser autorizada previamente pela autarquia, a preocupação, explica o superintendente, é tornar os direitos, as obrigações e os canais de ressarcimento cada vez mais claros aos contratantes.

“Estamos lidando com um público que perceberá nos microsseguros uma porta de entrada para o mercado. São novas camadas da população, muitas vezes, hipossuficientes, que passam a ter acesso ao consumo e trarão reflexos diretos ao setor de seguros. Por isso, a importância de preservamos e, sobretudo, facilitarmos a compreensão”, observa.

Mediador do debate promovido na sexta-feira, em Porto Alegre, pela revista Voto, o presidente da Capemisa, José Augusto da Costa Tatagiba, projeta um público de mais de 50 milhões de pessoas pronto para ingressar nas novas faixas de consumo. “Atualmente, trabalhamos muito com as classes C e D e estamos diante da possibilidade de atingir até o segmento E. Se somarmos isso à conjuntura da última década, perceberemos um momento ímpar no Brasil”, afirma, ao projetar o aumento do enfoque popular sobre os chamados seguros-garantia.

Já o conselheiro do Sindicato dos Corretores de Seguros (Sincor) Auri Rodrigues destaca que a participação dos seguros no PIB brasileiro chega a 3,5% do total.  “Estamos em um estágio de grandes empreendimentos, e isso exige a segurança de não se perder os investimentos pelas ameaças inerentes às operações. Por isso, é uma indústria de extrema importância, essencialmente neste momento de arrancada”, comenta.

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