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AIG aposta em tecnologia para crescer no Brasil


Fonte: Valor Econômico

Por Carolina Oms | De São Paulo

                              Eastwood, da AIG: "Estamos começando um novo capítulo no Brasil"

De olho na baixa penetração dos produtos de seguros no mercado brasileiro, a seguradora americana AIG decidiu desenvolver uma nova plataforma de vendas e operação, na tentativa de baixar os custos e aumentar suas receitas.

Com um investimento de U$ 10,5 milhões, a plataforma está sendo desenvolvida no Brasil e é a principal estratégia da companhia para atingir o R$ 1,3 bilhão em receita que projeta obter nos próximos cinco anos. A companhia também pretende exportar o projeto para os outros lugares em que atua, começando pelos países da América Latina.

No Brasil para o relançamento da marca AIG, que havia sido deixada de lado depois que a seguradora se tornou uma das principais personagens da crise financeira nos Estados Unidos, o presidente executivo da empresa para as Américas, Peter Eastwood, falou ao Valor sobre a capitalização de R$ 250 milhões que a filial brasileira deve receber até 2017 e sobre suas expectativas de crescimento.

"Estamos começando um novo capítulo no Brasil", avalia Eastwood. "Ter vendido a joint venture que tínhamos com o Unibanco foi um infortúnio, o país é muito importante para nós", afirmou o executivo.

A AIG passou a atuar no Brasil em 1997, quando operava por meio de uma associação com o banco. Depois de ter sido socorrida pelo governo dos Estados Unidos, em 2008, a seguradora fez uma reestruturação global e vendeu sua fatia por US$ 805 milhões.

Em 2009, a AIG voltou ao país como "Chartis", abrindo um novo escritório em São Paulo e atuando principalmente com seguros corporativos.

No ano passado, a AIG faturou R$ 200 milhões no país. Para dar o salto pretendido nas receitas, a seguradora aposta na integração de sua nova plataforma de operação com corretores, consumidores pessoa física ou jurídica e com seu próprio sistema interno. A plataforma trará múltiplas formas de acesso ao cliente, explica Eastwood. "Ela estará disponível online para o corretor, para o consumidor, através do nosso website, e por telefone, via call center."

Qualquer nova apólice feita por um segurado estará disponível neste sistema, permitindo um controle maior das receitas e das indenizações. Dessa maneira, a AIG espera integrar suas operações, conhecer melhor as necessidades e os riscos de cada segurado e diminuir os custos. A criação de uma plataforma on-line, no entanto, não impede que no futuro a AIG faça parcerias com os bancos brasileiros para a distribuição de seus seguros para pessoa física, defende Eastwood. "A nossa plataforma pode ser integrada a diferentes sistemas, inclusive o bancário", complementa Jaime Calvo, presidente da AIG no Brasil.

Também estão nos planos da AIG aumentar a venda de seguros para pequenas e médias empresas, estreitar o relacionamento com corretoras de médio porte e ampliar a atuação da resseguradora do grupo. A companhia também quer atingir novos clientes por meio de uma expansão pelo território brasileiro. Até 2017, serão inaugurados escritórios em outros nove locais no país - hoje a AIG está presente apenas nas capitais de Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

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